Foto – Roded Shlomo Pikiwiki Israel / Wikimedia Commons
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu estendeu um ramo de oliveira ao Líbano na segunda-feira, reagindo positivamente a uma decisão tomada no início deste mês pelo governo libanês de desarmar o Hezbollah.
O grupo apoiado pelo Irã foi dizimado por Israel no outono passado, depois que o Hezbollah atacou Israel com mísseis, foguetes e drones por meses após o ataque terrorista do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023.
O Hezbollah já deveria estar desarmado sob resoluções anteriores do Conselho de Segurança das Nações Unidas, mas as Forças Armadas Libanesas e a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) não fizeram nada.
Após o cessar-fogo entre Israel e o Líbano no final do ano passado, o governo libanês finalmente conseguiu eleger um presidente e começou, sob pressão dos EUA, a se mover em direção ao fim da presença armada do Hezbollah.
No entanto, o processo de desarmamento parecia paralisado, e Israel continuou a lançar ataques contra o Hezbollah quando o grupo terrorista parecia mover armas para posição — conforme permitido pelo cessar-fogo.
Em uma declaração emitida pelo Gabinete do Primeiro-Ministro na segunda-feira, Netanyahu disse:
“Israel reconhece o passo significativo dado pelo Governo Libanês, sob a liderança do Presidente Aoun e do Primeiro-Ministro Salam. A recente decisão do Conselho de Ministros de trabalhar para o desarmamento do Hezbollah até o final de 2025 foi uma decisão histórica. Marca uma oportunidade crucial para o Líbano recuperar sua soberania e restaurar a autoridade de suas instituições estatais, militares e de governança — livre da influência de atores não-estatais.
À luz deste importante desenvolvimento, Israel está pronto para apoiar o Líbano em seus esforços para desarmar o Hezbollah e trabalhar juntos em direção a um futuro mais seguro e estável para ambas as nações. Se as Forças Armadas Libanesas (FAL) tomarem as medidas necessárias para implementar o desarmamento do Hezbollah, Israel se engajará em medidas recíprocas, incluindo uma redução gradual da presença das FDI em coordenação com o mecanismo de segurança liderado pelos EUA.
Agora é a hora de Israel e Líbano avançarem em um espírito de cooperação, focando no objetivo compartilhado de desarmar o Hezbollah e promover a estabilidade e prosperidade de ambas as nações.”
O Líbano disse que não buscará um acordo formal de paz e normalização com Israel, mas isso pode mudar.
