Mesmo após ter levado adiante um programa de duros cortes dos gastos públicos, o presidente da Argentina é o mais bem avaliado da região
Uma pesquisa publicada pelo instituto de pesquisa CB Consultora Opinión Pública apontou o presidente da Argentina, Javier Milei, como o chefe de Estado mais popular na América do Sul.
A pesquisa, realizada em todos os países na região, mostra que Milei vai encerrar 2024 com um índice de aprovação de 51,8%. Assim, se tornará o presidente mais bem avaliado da região e o único com um índice de aprovação acima de 50%.
O presidente de centro-direita do Uruguai, Luis Lacalle Pou, ficou em segundo lugar, com 49,8%, e o conservador paraguaio Santiago Peña ficou em terceiro, com 46,7%.
No mês passado, Milei ocupava a segunda posição do ranking, contra os 51,5% de aprovação de Lacalle Pou. Durante os resultados da pesquisa mensal de setembro, Milei ocupava a sexta posição.
Popularidade de Milei aumentou em dezembro
O índice de popularidade de Milei aumentou em dezembro, em relação a novembro, quando a CB Consultora Opinión Pública apontava uma popularidade de 50,2% do mandatário.
Milei, que tomou posse em dezembro de 2023, implementou uma política de duros cortes dos gastos públicos, denominada “terapia de choque”, que reduziu a inchada máquina pública da Argentina.
Além disso, Milei levou adiante uma série de reformas abrangentes, liberalizando a economia argentina, para evitar o colapso econômico e uma espiral de hiperinflação.
As políticas tiveram sucesso e reduziram a inflação de 25,5%, em janeiro, para 2,4%, em novembro.
Presidentes de esquerda mal avaliados
A pesquisa da CB Consultora Opinión Pública descobriu que todos os presidentes de esquerda da América do Sul foram os mais mal avaliados, ao lado do ditador socialista da Venezuela, Nicolás Maduro.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, ficou em quinto lugar, com 53,1% dos entrevistados expressando uma opinião desfavorável ao petista, contra 44,3% que responderam favoravelmente.
O presidente de extrema esquerda do Chile, Gabriel Boric, ficou em sexto lugar, com um índice de aprovação de 40,2%.
Na Colômbia, Gustavo Petro, um ex-membro da guerrilha marxista M19 e o primeiro presidente esquerdista do país, ficou em sétimo lugar. Somente 39,9% dos entrevistados expressaram uma opinião favorável a Petro, contra 56,6% que expressaram uma opinião desfavorável.
Os três presidentes mais mal avaliados da América do Sul, de acordo com os resultados da pesquisa, são o presidente socialista da Bolívia, Luis Arce, o ditador socialista venezuelano Nicolás Maduro e a presidente peruana Dina Boluarte, também de esquerda.
Maduro, que fraudou as eleições presidenciais em julho e desencadeou uma campanha de perseguição brutal contra opositores, fechou 2024 com uma taxa de desaprovação de 67,4%.
