As declarações de Kamala Harris ocorrem enquanto o governo dos EUA tenta impedir que Israel adote uma postura mais agressiva contra grupos terroristas islâmicos na região.
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, se recusou a chamar o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de aliado em uma entrevista que será exibida na segunda-feira, no aniversário do massacre de 7 de outubro, quando o grupo Hamas realizou um ataque dentro de Israel.
Harris participou de uma entrevista ao programa “60 Minutes” da CBS News, onde discutiu o rumo da guerra no Oriente Médio ao longo do último ano.
O correspondente Bill Whitaker perguntou se o governo Biden-Harris não tinha influência sobre Netanyahu, já que o líder israelense desafiou repetidamente os apelos do governo americano para suavizar sua resposta contra os grupos terroristas islâmicos que atacam Israel na região.
“O auxílio que oferecemos a Israel permitiu que eles se defendessem contra 200 mísseis balísticos que tinham como objetivo atacar os israelenses e o povo de Israel”, disse Harris.
Ela destacou que o governo dos EUA apoiou Israel em sua defesa contra os ataques terroristas vindos do Irã e seus grupos islâmicos aliados em toda a região.
“O trabalho que realizamos diplomaticamente com a liderança de Israel é um esforço contínuo para deixar claros nossos princípios, que incluem a necessidade de ajuda humanitária, a necessidade de que esta guerra termine, a necessidade de um acordo que liberte os reféns e crie um cessar-fogo”, afirmou. “E não vamos parar de pressionar Israel e a região, incluindo os líderes árabes.”
Harris alegou que o trabalho do governo resultou em diversas movimentações na região por parte de Israel, que foram muito influenciadas, entre outras razões, pela defesa de ações específicas que os EUA acreditam ser necessárias.
Quando perguntada diretamente se os EUA têm um “aliado próximo” em Netanyahu, Harris se recusou a chamá-lo de aliado.
“Acho que, com todo o respeito, a melhor pergunta é: temos uma aliança importante entre o povo americano e o povo israelense?” disse ela. “E a resposta a essa pergunta é sim.”
