Lula ataca Trump e Bolsonaro por “interesses escusos” em seus governos

Presidente retomou ataques aos adversários da oposição acusando-os de não governarem pela população.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retomou nesta quarta (25) os ataques ao seu homólogo norte-americano Donald Trump e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por governos que, segundo ele, teriam “interesses escusos” em vez do coletivo da população.

As críticas foram feitas durante a cerimônia de anúncio do aumento da mistura obrigatória de biocombustível à gasolina e ao diesel, como uma das formas de evitar a oscilação do preço do petróleo no mercado internacional.

“Nesse mundo conturbado em que se tem presidente de uma nação do tamanho dos Estados Unidos, que deveria primar pelo discurso, deveria pensar o que falar, ser menos internet e mais chefe de Estado, pensar mais em livre comércio e multilateralismo, na paz, o que é que a gente vê todo santo dia na imprensa? A necessidade de uma desgraçada de uma manchete”, disparou Lula com uma forte rouquidão que ele pensou em nem discursar no evento.

Ele emendou afirmando que “já tivemos um presidente assim” de que “o que menos interessa é a verdade, o interesse do país”. Apesar de não citar o nome de Bolsonaro, o ex-presidente é sempre alvo de críticas semelhantes de Lula por supostamente ter iniciado seu terceiro mandato com políticas públicas destruídas e ministérios desmontados.

“O que mais interessa são interesses escusos, pequenos. Porque, toda vez que a gente tem uma divergência entre vários setores que estão disputando uma determinada coisa nesse país, a gente não vai atender nem aqueles que estão na extrema direita nem na extrema esquerda. A gente vai atender o caminho do meio”, pontuou.

Lula ainda lamentou que é ele quem está tocando o avanço do programa de biocombustíveis que criou em seus dois primeiros mandatos “há 15 anos”, sendo que se poderia estar discutindo percentuais ainda maiores da mistura com gasolina e diesel.

“Mas, muitas vezes, as pessoas pensam com o fígado e o intestino, não pensam com a cabeça, e faz (sic) prevalecer a ideia de uma [única] pessoa”, completou dizendo que nenhum dos seus ministros decidem sozinhos, e que ele é quem dá o aval a novas políticas de governo – e, ainda assim, após ouvir outras opiniões.

O presidente ainda reclamou que os sucessivos governos do país não dão andamento ao que foi feito anteriormente e que não se pensa no coletivo. Afirmou que precisou reconstruir ministérios que supostamente foram desmontados pela gestão de Bolsonaro, como Mulheres, Cultura, Igualdade Racial, Turismo, entre outros, e reforçou a crítica de que grandes nações do mundo seguem gastando trilhões de dólares em armamentos de defesa em vez de reverter para políticas de combate à fome – um discurso que vem repetindo desde que voltou ao governo em 2023.

“O mundo tá virado de ponta-cabeça, o mundo e a humanidade. […] Que políticos nós temos no mundo? Qual é o humanismo que tem dentro de cada chefe de Estado nesse mundo que prefere pensar na morte e na destruição do que na paz e na construção”, questionou.

Ele ainda emendou que seu governo tem tentado “fazer o possível” nas medidas econômicas e questionou o motivo de ser cobrado por responsabilidade fiscal diferente do que ocorreu durante a gestão de Bolsonaro.

“Muitas vezes o que falta é déficit de compreensão e de acreditar nesse país. Não preciso de nenhum técnico do FMI para me dizer o que é responsabilidade fiscal. Eu tenho muita responsabilidade”, completou.

Crédito Gazeta do Povo

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