De acordo com a Secom, presidente optou por ficar em Brasília no fim de semana; petista participaria de atos com Boulos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desistiu de ir para São Paulo no fim de semana, onde participaria de atos de campanha com Guilherme Boulos (Psol) no sábado (26.out.2024). Também não irá a São Bernardo do Campo (SP) para votar no 2º turno da eleição municipal no domingo (27.out).
De acordo com a Secom (Secretaria de Comunicação Social), o adiamento da viagem foi decisão do presidente. Lula não é obrigado a votar por ter 78 anos. O voto deixa de ser obrigatório para pessoas com mais de 70 anos, mas permanece como um direito fundamental.
Lula se recupera de uma pancada na cabeça depois de ter caído em um banheiro do Palácio da Alvorada no sábado (19.out). O acidente doméstico provocou o cancelamento da viagem que o governante faria nesta semana à Rússia para participar da 16ª Cúpula do Brics. Lula discursou no encontro por videoconferência na 4ª feira (23.out).
Na 2ª feira (21.out), o médico do presidente, Roberto Kalil Filho, disse ao Poder360 que liberaria viagens curtas de avião a partir de 5ª feira (24.out.2024) ou 6ª feira (25.out.2024). Até aquela data, o presidente não havia tido nenhum sintoma que indicasse algum agravamento nos 2 pontos em que teve hemorragia interna na cabeça.
Desde que sofreu a queda, Lula permaneceu trabalhando no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência. Realizou apenas reuniões com ministros e assessores. Na 6ª feira (25.out), voltará ao Palácio do Planalto para a cerimônia em que assinará o acordo de repactuação pelos danos causados pelo rompimento da barragem de Mariana (MG).
O petista realizará novos exames no início da manhã de 6ª feira. Será a 3ª vez que irá ao hospital Sírio-Libanês, em Brasília, para avaliar sua recuperação. Na última 3ª feira (22.out), fez uma ressonância magnética para ser se os coágulos que se formaram em sua cabeça diminuíram.
De acordo com o boletim médico divulgado pelo hospital, o exame de imagem mostrou que o quadro do presidente é estável em comparação ao anterior, realizado no domingo (20.out). Os médicos que assinam o documento, Rafael Gadia, diretor de governança, e Luiza Dib, diretora clínica, atestaram que o presidente estava apto a exercer sua rotina de trabalho.