O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta (5) que a inflação no Brasil não está alta – mas, “razoavelmente controlada” – e que alguns alimentos realmente tiveram um salto nos preços nos últimos 12 meses. No entanto, o reajuste dos combustíveis tem sido menor do que ocorreu no final do governo de Jair Bolsonaro (PL), em 2022.
De acordo com Lula, a inflação dos alimentos é preocupante – é um dos segmentos que mais pesam no bolso dos trabalhadores –, mas que o governo está buscando saber o que aconteceu e tentando encontrar soluções.
“Nós levamos ela [a inflação] muito a sério e eu acho que ela está razoavelmente controlada. A nossa preocupação é apenas evitar que os preços dos alimentos continuem prejudicando o povo brasileiro”, disse em entrevista a rádios de Minas Gerais. A inflação estourou o teto da meta em 2024 e fechou em 4,83%.
Lula reconheceu que um dos itens mais focados por ele durante a campanha eleitoral – a carne – ficou mais cara nos últimos 12 meses, mas que chegou a cair 30% em 2023. De acordo com ele, o governo está fazendo reuniões com produtores para entender o que aconteceu neste período para a disparada dos preços.
“Não tem um único fator que significa ou que mostra o preço das coisas. O que precisamos é tentar ajustar, porque a inflação causa muito prejuízo ao povo trabalhador”, pontuou.
Ele ainda garantiu que a inflação será controlada e que, no caso dos combustíveis, o governo está discutindo como se pode fazer uma compensação para o reajuste não ser repassado ao preço dos alimentos. Lula afirmou que terá reuniões, nesta semana, com setores da produção de carnes e agricultura.
O presidente afirmou também que o governo “tem consciência” de que vai baixar o custo de vida e que a cesta básica “vai ficar mais acessível”.
“Vamos trabalhar com afinco para colocar as coisas no eixo, porque a economia está bem, crescendo”, completou.
O alto preço dos alimentos gerou uma crise interna no governo principalmente após Lula dar um puxão de orelhas nos ministros, que saíram à procura de soluções e que levantou dúvidas sobre a possibilidade de uma intervenção. No entanto, dias depois, o ministro Rui Costa (Casa Civil), veio à público negar que o governo possa tomar medidas controversas.
