Lula diz que tarifaço impediu “festa” pela saída do Mapa da Fome

Segundo o presidente, “mal e porcamente” saiu um comunicado sobre a redução da insegurança alimentar no Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que as taxas de 50% impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros atrapalharam a comemoração pela saída do Brasil do Mapa da Fome da ONU (Organização das Nações Unidas).

“Mal e porcamente saiu um comunicado [sobre a saída do Mapa da Fome]”, afirmou o petista. A declaração foi dada nesta 3ª feira (5.ago.2025) durante a 5ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o chamado Conselhão.

O anúncio de que o Brasil havia reduzido a insegurança alimentar grave para menos de 2,5% da população foi feito pela FAO/ONU (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) em 28 de julho, durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares, em Adis Abeba, Etiópia.

“Eu pensei em fazer dessa semana uma verdadeira festa quando o Wellington [Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social] estava em Adis Abeba e o diretor-geral da ONU comunicou que, outra vez, o Brasil estava riscado do Mapa da Fome”, disse Lula.

O presidente também cobrou o ministro do Desenvolvimento Social ao afirmar que Wellington Dias tem “obrigação” de saber que muitas pessoas ainda não foram cadastradas em programas sociais. A função é dos governos estaduais e municipais.

“Nós só vamos para o céu quando não tiver nenhuma criança passando fome por falta de comida. Nós temos que procurar, pode comprar lupa, quantas forem necessárias. No outro governo eles não compraram Viagra?”, declarou o petista, em referência à compra de 35.000 unidades de Viagra em 2022, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O CONSELHÃO

O grupo é formado por pessoas dos mais variados espectros da sociedade, como empresários, artistas, influenciadores digitais, médicos, integrantes de movimentos sociais e sindicais, líderes indígenas, professores, economistas e outros.

O Conselhão foi criado por Lula em seu 1º mandato (2003-2006) e foi extinto em 2019 pelo governo Bolsonaro. A 3ª gestão do petista recriou o colegiado em 2023.

Crédito Poder360

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