Lula diz que voltará a viajar pelo Brasil para “desmontar indústria de mentiras”

Presidente afirma que “indústria de mentiras” está sendo montada no país e que precisa desmontá-la.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, na manhã desta terça (3), que retomará a agenda de viagens pelo Brasil a partir da semana que vem para “desmontar” o que chama de “indústria de mentiras” que supostamente estaria sendo construída no país.

O plano foi revelado durante uma entrevista coletiva a jornalistas marcada de surpresa em que explicou algumas das políticas públicas que vem implantando e demais objetivos do governo até o final do mandato. O último encontro com a imprensa neste formato ocorreu no começo do ano após a posse do publicitário Sidônio Palmeira como ministro da Comunicação Social (Secom).

“Nós vamos nos preparar [após a viagem que fará à França nesta quarta 4] para continuar viajando o Brasil para tentar desmontar toda a indústria de mentiras que está sendo construída nesse país. […] E essa indústria de mentiras não interessa a ninguém a não ser aos mentirosos”, disse Lula.

A suposta existência de uma indústria de mentiras é rotineiramente citada por Lula em eventos oficiais do governo federal, em que credita à direita e ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – a quem ele diz que governava divulgando fake news.

Em outro momento da entrevista coletiva, Lula voltou a citar o ex-presidente afirmando que Bolsonaro levantava dúvidas nas eleições apenas sobre os próprios votos, mas não aos recebidos pelo filho — o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos — e pelos senadores eleitos pelo seu partido.

“É preciso que haja um mínimo de bom senso. Se essa gente pensa que vai ganhar a consciência da sociedade com mentira, é um ledo engano. Nós temos consciência de que a verdade precisa vencer na sua disputa política, para que a gente não veja acontecer o que está acontecendo nos outros países”, completou.

Lula ainda afirmou que terá reunião na Interpol, na França, para discutir o combate ao crime organizado.

Regulamentação das redes sociais

Ainda durante a coletiva, Lula ressaltou que pretende apressar a regulamentação das redes sociais, e que receberá um emissário do governo chinês para fazer sugestões.

“Porque não é possível que o mundo seja transformado num banco de mentiras, em que vocês jornalistas tem que todos os dias ficar desmentindo notícias que falam sobre as coisas. Muitas vezes até deformando notícias que vocês dão”, disse.

Ele emendou afirmando que, na vida fora das telas, há uma seriedade nas relações, mas que “dois ou três cidadões (sic) acham que podem mandar no mundo, determinar as regras da sociedade”, nas redes sociais.

“Você pega uma sociedade muito séria sendo minada por pessoas que, quando governavam, criaram um gabinete do ódio e que agora acham que estão tirando a liberdade de expressão. Estamos tirando a liberdade de contar safadeza nesse país, de desrespeitar a democracia desse país, o direito dos outros e a Constituição. É isso que estamos fazendo”, completou.

Para o presidente, essa regulamentação deve ser feita pelo Congresso Nacional ou pelo STF, e que o emissário do governo chinês será recebido pelo ministro Sidônio Palmeira, da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República.

Crédito Gazeta do Povo

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