A rodada de pesquisa Quaest indica um cenário bem negativo para o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Enquanto Lula está em queda, com aprovação na casa de 30%, governadores de oposição estão em alta, com aprovação acima de 60%.
Reflexo de um mau humor elevado da população em relação a Lula, enquanto os governadores, mesmo enfrentando desgaste com o tema da violência, conseguem ter uma visão mais benevolente da população sobre suas administrações.
O caso de São Paulo é emblemático. Lula estará nesta quinta no estado quando vai lançar, junto com o governador Tarcísio Gomes de Freitas, o edital para construção do túnel submerso entre Guarujá e Santos.
Em São Paulo, enquanto Lula tem uma desaprovação de 69%, o governador paulista tem uma aprovação de 61%.
A pesquisa Quaest mostra que esse não é um retrato apenas de São Paulo, mas de outros Estados. Segundo o levantamento, oito governadores (SP, RJ, MG, PR, GO, PE, RS e BA) registram uma taxa de aprovação bem superior à do presidente Lula.
No caso de quatro deles, com governadores postulantes a candidato à Presidência da República, a taxa de aprovação dos chefes dos Executivos Estaduais supera os 60%.
São eles: Tarcísio Gomes de Freitas (61%), Ronaldo Caiado (86%), Ratinho Jr. (81%) e Romeu Zema (62%).
Ao contrário de Lula, que tem registrado queda na sua aprovação, esses governadores têm conseguido manter estabilizada uma aprovação elevada.
Resultado é que Tarcísio Gomes de Freitas, por exemplo, é visto como favorito como candidato à reeleição se não disputar a Presidência. Caiado e Ratinho Jr. surgem como governadores que terão condições de eleger seus sucessores.
Diante da queda da aprovação do governo Lula, aliados do presidente da República dizem que ele está com o diagnóstico errado e não fará as mudanças necessárias se não for alertado.
Segundo esses interlocutores, Lula sempre diz que o seu governo está bem, com crescimento forte, desemprego baixo e programas sociais retirando em breve o país do Mapa da Fome Mundial.
Esses aliados afirmam que não é que Haddad esteja totalmente enfraquecido, mas não tem a mesma força do início de mandato.
“Ministro da Fazenda não pode parecer fraco, isso gera incertezas e, atualmente, o mercado reage rapidamente a qualquer notícia ruim diante desse cenário”, diz um ministro do governo Lula.