Lula gastou R$ 1,4 milhão em voos da FAB para fazer palanque nas eleições municipais

Valor foi quitado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em dezembro, com recursos do fundo partidário

Os voos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) durante a campanha eleitoral de 2024 somaram um custo de R$ 1,4 milhão. A informação foi obtida pelo portal Metrópoles por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

Principal figura da campanha da esquerda, Lula utilizou a FAB em 12 viagens durante as eleições municipais do ano passado.

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De acordo com a Secretaria de Controle Interno da Presidência da República, “não houve deslocamentos em viagens do presidente da República com agenda exclusivamente eleitoral, ou seja, envolveram compromissos oficiais e eventos de campanha”.

O valor de R$ 1,4 milhão foi cobrado pela FAB e quitado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em dezembro, com recursos do fundo partidário.

O pagamento foi declarado à Justiça Eleitoral, segundo informou o PT ao portal, e está documentado na prestação de contas eleitorais do Diretório Nacional do partido.

O PT informou ao Metrópoles que os voos da FAB incluíram os seguintes compromissos:

  • Convenção do PT para eleições em São Bernardo (SP);
  • Comício na Praça do Ferreira, Fortaleza (CE);
  • Comício na Avenida Paulistana, Natal (RN);
  • Comício em Camaçari (BA);
  • Comícios em Diadema (SP) e Mauá (SP);
  • Convenção do PSOL para eleições em São Paulo (SP);
  • Convenção do PT para eleições em Fortaleza (CE);
  • Reuniões políticas no Campo Limpo e São Miguel Paulista (SP);
  • Caminhada na Avenida Paulista, São Paulo (SP).

Além de voos da FAB, deslocamento por terra custou R$ 46,5 mil

Lula utilizou diferentes aeronaves da FAB, incluindo aviões e helicópteros, para agendas oficiais combinadas com compromissos eleitorais.

  • O custo por quilômetro percorrido nos aviões presidenciais – Airbus VC-1 (ACJ 319) e VC-2 (Embraer 190) – foi de R$ 182,48.
  • No caso dos helicópteros, o custo variou entre R$ 24 mil e R$ 15 mil por hora de voo, dependendo do modelo.

O órgão vinculado ao Ministério da Casa Civil, no entanto, não divulgou o total de quilômetros percorridos, as cidades de origem ou as datas específicas dos voos.

Além disso, o transporte terrestre para compromissos de campanha gerou um custo adicional de R$ 46,5 mil, que também foi reembolsado pelo PT.

A legenda pagou duas Guias de Recolhimento da União (GRU): a primeira, no valor de R$ 31,1 mil, quitada em 4 de dezembro; e a segunda, de R$ 1,4 milhão, paga em 12 de novembro.

As guias foram emitidas, respectivamente, com o nome dos seguintes contribuintes: Diretório Nacional do Partido Nacional dos Trabalhadores e PT/Psol Coligação Amor por SP.

Segundo uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), partidos ou coligações devem reembolsar os cofres da União quando o presidente utiliza transporte oficial para compromissos de campanha.

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