No encerramento do Congresso Nacional do PSB, realizado neste domingo (1º) em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a necessidade de conquistar uma maioria no Senado nas eleições de 2026 para proteger o Supremo Tribunal Federal (STF) de possíveis ataques da oposição. Em um discurso enfático, Lula alertou que, sem uma base sólida no Congresso, a direita poderia “avacalhar” com a Corte, comprometendo as instituições democráticas. A fala foi interpretada como um chamado direto a lideranças do PSB, como o governador da Paraíba, João Azevêdo, para que disputem vagas no Senado e fortaleçam a base aliada do governo.
O evento marcou a posse do prefeito do Recife, João Campos, como novo presidente nacional do PSB, sucedendo Carlos Siqueira. Lula reforçou a importância de candidaturas estratégicas para garantir a governabilidade e preservar a democracia, citando a necessidade de eleger “os melhores quadros” dos partidos aliados. O presidente também defendeu a manutenção do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) na chapa para a reeleição em 2026, apesar de pressões de aliados que sugerem abrir espaço para partidos de centro, como MDB e PSD, visando ampliar a coalizão.
A estratégia de Lula reflete a preocupação com o fortalecimento do campo progressista no Senado, especialmente após o crescimento de bancadas conservadoras, como a do PL, que desde 2023 se consolidou como a maior da Casa. Com 54 das 81 cadeiras em disputa em 2026, o presidente aposta em nomes fortes para conter a influência de opositores, como Jair Bolsonaro, que busca formar uma bancada robusta para pressionar o STF. O congresso do PSB, realizado na capital federal, sinaliza o início de uma articulação política intensa para as próximas eleições, com foco na defesa das instituições e na continuidade do projeto político do governo.
Crédito Aliados Brasil
