Lula retoma críticas ao embargo a Cuba e defende integração entre Brasil e Caribe

Petista afirma, ainda, que inclusão de Cuba em listas de países que supostamente apoiam o terrorismo é “descabida”. Leia na Gazeta do Povo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retomou nesta sexta (13) as críticas ao embargo imposto pelos Estados Unidos a Cuba há mais de meio século e a inclusão do país em listas de nações que supostamente apoiam o terrorismo.

A crítica foi feita durante o discurso de abertura da Cúpula Brasil-Caribe, realizada em Brasília, com a presença de autoridades de 16 países e organizações regionais.

“Devemos seguir condenando com veemência o embargo contra Cuba e sua descabida inclusão em listas de países que apoiam o terrorismo”, afirmou Lula ao lado de líderes caribenhos, entre eles o presidente da Guiana, Irfaan Ali, a quem se mostrou aliado em 2023 ao defender a soberania do país frente a investidas do vizinho Nicolás Maduro, da Venezuela.

Lula emendou a crítica afirmando que “o mundo está carente de vozes que falem em nome do que é certo, justo e sensato. O Brasil sempre viu no Caribe essa vocação”.

Ainda durante o discurso, Lula criticou o fechamento de embaixadas brasileiras nos países caribenhos que, na visão dele, enfraqueceu a integração do continente. O petista defendeu uma reaproximação do Brasil com as nações.

“Ao final do meu segundo mandato, contávamos com embaixadas residentes em todo o Caribe. Cinco delas foram fechadas por meus antecessores. Estamos trabalhando para reverter esse quadro e já reabrimos a representação em São Vicente e Granadinas”, afirmou.

Lula ainda defendeu um aumento do comércio bilateral entre o Brasil e o Caribe que, segundo ele, caiu 30% em 15 anos e passando de um fluxo de US$ 6 bilhões para US$ 4 bilhões.

O presidente destacou cinco áreas prioritárias para intensificar a cooperação com os países caribenhos: mudanças climáticas, transição energética, segurança alimentar, conectividade e a situação no Haiti.

Nesta questão, ele reafirmou o compromisso do Brasil com a estabilidade e reconstrução do país e recordou a atuação brasileira na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH) por quase 14 anos, com o envio de US$ 55 milhões ao fundo de reconstrução após o terremoto de 2010.

“O Haiti não pode ser punido eternamente por ter sido o primeiro país das Américas a se tornar independente”, afirmou.

A missão foi chefiada, no começo, pelo general Augusto Heleno, que hoje é réu no processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil após as eleições de 2022.

Crédito Gazeta do Povo

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