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Lula saúda Palestina, condena ataques ao Líbano e Israel não aplaude

Fala do presidente se deu na abertura da 79ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nesta 3ª feira (24.set)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta 3ª feira (24.set.2024) da abertura da 79ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York. Em seu discurso, saudou a presença da comissão palestina e condenou os ataques recentes de Israel contra o Líbano.

“Meus cumprimentos ao presidente da Assembleia Geral, Philémon Yang. E também quero saudar o secretário-geral António Guterres. E cada um dos chefes de Estado e de governo e delegados e delegadas aqui presente. Dirijo-me em particular à delegação Palestina que integra pela 1ª vez essa sessão de abertura, mesmo que ainda na condição de membro observador. E quero saudar a presença do presidente Mahmoud Abbas aqui presente”, declarou Lula. A fala do presidente não foi aplaudida pela comissão israelense.

O petista afirmou que, atualmente, o mundo assiste a uma das “maiores crises humanitárias da história recente”. De acordo com ele, o conflito agora se expande “perigosamente” para o Líbano.

“O que começou com uma ação terrorista de fanáticos contra civis israelenses inocentes tornou-se uma punição coletiva de todo o povo palestino. São mais de 40.000 vítimas, em sua maioria, mulheres e crianças. O direito de defesa transformou-se no direito de vingança, que impede um acordo para a liberação de reféns e adia o cessar-fogo”, disse o chefe do Executivo.

CONFLITO NO LÍBANO

Israel e o grupo Hezbollah, do Líbano, travam um conflito na fronteira desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, depois de um ataque do Hamas, aliado do grupo extremista libanês.

As forças israelenses intensificaram a ofensiva na última semana. Os ataques já causaram ao menos 558 mortes e deixaram mais de 1.600 feridos.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores brasileiros condenou os “contínuos ataques” de Israel contra o Líbano. Também recomendou aos brasileiros que deixem a área conflagrada.

Leia mais sobre a ida de Lula a Nova York:

  • Janja chega antes – a primeira-dama desembarcou nos EUA em 18 de setembro; participou de um evento na Universidade Columbia, em que falou que as queimadas no Brasil são “terroristas”;
  • Cúpula do Futuro – Lula participou do evento da ONU em 22 de setembro, declarou que o Sul Global não é representado e viu seu microfone ser cortado no meio do discurso depois de extrapolar o tempo permitido para discursar;
  • encontro com a Shell – Lula e ministros de seu governo se reuniram com o presidente da empresa em encontro fora da agenda oficial; a reunião causou um mal-estar na administração petista por ser entendida internamente como contrária à “agenda verde”;
  • barrados na porta – o presidente desistiu de participar de um evento da Clinton Foundation após o Serviço Secreto dos EUA barrar parte da comitiva brasileira;
  • Bill Gates dá prêmio para Lula – a premiação se deve às políticas de combate à fome nos governos do petista;
  • discurso na 79ª Assembleia Geral da ONU – Lula defendeu a criação de um Estado palestino, condenou os ataques israelenses ao Líbano, afirmou que a fome é resultado de “escolhas políticas”, criticou “falsos patriotas” e big techs “que se julgam acima da lei”;
  • agenda de Haddad – o ministro da Fazenda se reuniu com agências de classificação de risco para discutir a volta do grau de investimento brasileiro; depois, a jornalistas, afirmou que o Brasil terá taxas de inflação “sucessivamente menores” nos próximos anos;
  • Fernanda Torres na ONU – a atriz se encontrou com Lula e Janja; cotada para uma indicação ao Oscar, ela criticou a “agressividade” nas eleições em São Paulo, em referência à cadeirada de Datena (PSDB) e ao soco no marqueteiro de Ricardo Nunes (MDB) durante debates na capital paulista.

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