Lulinha se muda para Madri e só pretende voltar quando terminar o mandato de Lula

Filho do presidente mantém negócios em tecnologia e acumula histórico de escândalos e dívidas milionárias

Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, trocou o Brasil pela capital da Espanha. O filho mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mudou-se para Madri e deve permanecer fora do país pelos próximos dois anos. 

O retorno está previsto apenas depois do encerramento do atual mandato presidencial. O portal Metrópoles divulgou as informações nesta terça-feira, 22.

A mudança ocorreu depois de uma contratação por parte de uma empresa espanhola. O trabalho exige presença física na capital, que figura entre os principais centros econômicos da Europa.

Apesar da formação em biologia, Lulinha atua no setor de tecnologia e mantém empresas abertas no Brasil — inclusive uma fundada recentemente.

O histórico do filho de Lula remonta aos primeiros anos do petista no poder. Em 2002, ele ainda estagiava em um zoológico. No ano seguinte, depois da eleição do pai, tornou-se empresário do ramo de jogos eletrônicos.

Pouco depois, a Gamecorp, empresa ligada a Lulinha, recebeu um aporte de R$ 5 milhões da operadora Oi — companhia que o governo federal beneficiou em decisões.

Em 2019, o Ministério Público Federal denunciou Lulinha e outras dez pessoas por supostamente integrarem um esquema de vantagens indevidas.

Segundo os procuradores, os aportes da Oi/Telemar entre 2004 e 2016 ocorreram por meio de contratos simulados. Um deles previa o pagamento de R$ 27 milhões pelo chamado “Portal da Bíblia”, entre 2009 e 2013.

Na época, Lula minimizou os fatos ao chamar o filho de “Ronaldinho dos negócios”. A Operação Lava Jato investigou o caso, mas os processos foram arquivados posteriormente.

Lulinha usou voos da FAB, morou em imóvel de luxo e acumula dívida milionária

No atual governo, Lulinha circulou por ministérios em Brasília e chegou a embarcar em aviões da Força Aérea Brasileira. Em um dos voos, no fim de 2024, acompanhou os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, Simone Tebet, do Planejamento, e Luciana Santos, da Ciência e Tecnologia.

Embora a prática não configure irregularidade — já que autoridades podem ceder assentos —, o uso dos voos oficiais levantou questionamentos.

Durante anos, Lulinha viveu em um imóvel de luxo nos Jardins, bairro nobre de São Paulo. O aluguel, na época, girava em torno de R$ 12 mil por mês e era pago por uma empresa do empresário Jonas Suassuna, então sócio do filho do presidente na Gamecorp.

Hoje, várias empresas abertas por Lulinha estão registradas no mesmo endereço. Uma das mais recentes, a LLF Tech Participações LTDA, surgiu em 2022 com foco em comércio digital, publicidade e assistência técnica.

Em paralelo à mudança para Madri, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional mantém ativa uma cobrança contra as empresas de Lulinha. A dívida, segundo os registros oficiais, ultrapassa R$ 10 milhões e tem origem nas investigações da Lava Jato.

Crédito Revista Oeste

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