Maduro afirmou que, “mais cedo ou mais tarde”, a Guiana será obrigada a “aceitar a soberania” da Venezuela sobre o território do Essequibo
O ditador Nicolás Maduro – que reivindicou uma “grande vitória” nas eleições deste domingo (25) – afirmou que, “mais cedo ou mais tarde”, a Guiana será obrigada a “aceitar a soberania” da Venezuela sobre o território do Essequibo, região rica em petróleo que Caracas considera seu 24º estado.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo chavismo, anunciou que o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), liderado por Maduro, venceu em 23 dos 24 estados, em comparação com 19 nas eleições regionais anteriores realizadas em 2021, embora a região agora conhecida como Guayana Esequiba – pelos venezuelanos – não existisse naquela época.
Ao deixar sua zona eleitoral, no domingo, Maduro deu declarações intimidadoras ao presidente guianense: “Irfaan Ali, presidente da Guiana, funcionário da ExxonMobil [empresa americana que explora petróleo na região], mais cedo ou mais tarde vai ter que se sentar comigo para conversar e aceitar a soberania venezuelana”.
O chavista Neil Villamizar, militar com 34 anos de serviço na Marinha Bolivariana, foi o “vencedor” das eleições para governador da chamada Guayana Esequiba pelo regime. À Agência EFE, ele disse que tem um plano de “levar a identidade venezuelana” aos territórios no sul da Venezuela que fazem fronteira com a área disputada entre Caracas e Georgetown.
Maduro defendeu o referendo realizado em Caracas sobre a anexação de Essequibo e disse que apoiará as atividades de Villamizar. “Se algo deve nos encher de orgulho, é que cumprimos integralmente o que o povo decidiu em 3 de dezembro de 2023 (…) no referendo de Essequibo”, declarou, referindo-se à consulta na qual foi aprovada a criação do estado de Guayana Esequiba.
O ditador venezuelano acrescentou que “o Essequibo tem um governador, o almirante Villamizar (…) eles também elegeram seus deputados para a Assembleia Nacional, o que significa que veremos deputados do Essequibo na Assembleia Nacional”.
Crédito Gazeta do Povo