O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, fez uma comparação da situação do seu país com a da Síria e disse que a oposição também planeja deflagrar uma guerra civil em território venezuelano.
Segundo informações do jornal El Nacional, durante um evento transmitido pelo canal estatal VTV, Maduro afirmou na segunda-feira (9) que estava “observando o desenvolvimento de circunstâncias dolorosas para o povo da Síria”, onde o ditador Bashar al-Bassad foi derrubado por rebeldes no fim de semana.
Assim como o venezuelano, o tirano sírio era apoiado pelo Irã e pela Rússia. “Agora, os desavergonhados, os desavergonhados do extremismo fascista, estão saindo para pedir que uma guerra civil seja iniciada também na Venezuela”, disse Maduro.
“O império e a direita fascista esgotaram seu manual de conspirações. Aplicaram tudo contra a Venezuela. Cada vez que há sucesso no mundo [derrubada de algum ditador], eles querem que aconteça na Venezuela”, disse o ditador.
“Não se enganem, porque o povo da Venezuela, numa fusão perfeita, popular-militar-policial, triunfará no caminho da paz. Nem o Iraque, nem a Líbia, nem a Ucrânia ontem, nem a guerra civil hoje”, afirmou Maduro.
“Eles [oposição] vão se arrepender durante cem anos por terem ousado tocar a paz sagrada, a estabilidade e a união da nossa amada Venezuela”, acrescentou.
Apesar do discurso inflamado, é Maduro quem é investigado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por acusações de crimes contra a humanidade e apontado por ONGs e pela imprensa independente como responsável pela violência que resultou na morte de 28 pessoas durante protestos desde a fraude eleitoral de 28 de julho – o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, aliado do chavismo, acusa a oposição de responsabilidade por esses óbitos.