Magno Malta afirma que Bolsonaro é alvo de perseguição política no STF

Magno Malta afirmou nesta terça-feira, 18, que Bolsonaro “não tem medo da Papuda”. O senador visitou o ex-presidente no Condomínio Solar, em Brasília, com autorização do ministro Alexandre de Moraes, e disse ter encontrado um aliado firme, com boa saúde e convicto de que não cometeu crimes. Para Malta, o inquérito que chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) se tornou um instrumento de perseguição política.

Durante a visita, o senador relatou momentos de conversa e oração. Malta reafirmou que Bolsonaro não estava em Brasília em 8 de janeiro e, por isso, não pode ser responsabilizado por danos ao patrimônio público.

“O mundo inteiro sabe que ele não cometeu crime, e que o Brasil tem um violador de direitos humanos”, disse o senador, depois de sair da visita ao ex-presidente.

Relatório do Senado chama a atenção para riscos a Bolsonaro

No mesmo dia, a Comissão de Direitos Humanos do Senado divulgou o relatório da vistoria feita na Papuda, documento obtido pela Oeste com exclusividade. O material relata que a unidade não mantém plantão médico permanente e informa que policiais penais, sem formação técnica, fazem a triagem inicial. A inspeção também identificou alimentação inadequada e falta de estrutura para dietas específicas, o que comprometeria o atendimento de presos com necessidades especiais.

O relatório menciona o histórico de violência dentro da unidade e ressalta que a exposição pública de Bolsonaro, somada à atuação de facções criminosas no Distrito Federal e ao atentado sofrido em 2018, coloca o presidente em risco. A comissão concluiu que o presídio não oferece condições adequadas para custodiá-lo e recomendou a manutenção da prisão domiciliar.

No campo judicial, o STF publicou nesta terça-feira, 18, o acórdão que rejeitou recursos de Bolsonaro e de outros integrantes do núcleo central da acusação. A partir da divulgação, abre-se um novo prazo para manifestações da defesa. Aliados estudam recorrer com embargos infringentes, possível em razão do voto divergente dado por Luiz Fux no julgamento anterior.

Bolsonaro permanece em prisão domiciliar desde 4 de agosto. O STF pretende avançar na execução da pena ainda em novembro, caso rejeite os próximos recursos.

Crédito Revista Oeste

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