Marcos do Val é alvo de operação, e Moraes manda senador usar tornozeleira eletrônica

Ordem é cumprida na manhã desta segunda-feira, 4; medidas vêm depois de parlamentar viajar aos EUA

Depois de retornar de uma viagem aos Estados Unidos, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) foi alvo de uma operação da Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Brasília, nesta segunda-feira, 4.

A mando do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, ele deverá usar tornozeleira eletrônica, medida determinada depois de deixar o país sem autorização do Supremo Tribunal Federal.

A tornozeleira está sendo instalada no Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime), da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF). O senador Do Val está acompanhado do advogado Iggor Dantas. Além da tornozeleira, Moraes mandou recolher todos os passaportes de Do Val.

A abordagem ocorreu logo depois de o parlamentar desembarcar no Brasil. Do Val viajou para Orlando durante o recesso do Congresso. Havia contra ele restrições impostas por Moraes. Anteriormente, o ministro havia determinado a apreensão do passaporte do senador, que viajou aos EUA com o passaporte diplomático.

Medidas anteriores contra Marcos do Val

Em agosto de 2024, Moraes havia mandado bloquear R$ 50 milhões das contas de Do Val e apreender seus passaportes, inclusive o diplomático, no contexto de um inquérito da PF sobre ataques a investigadores.

Mandados também foram cumpridos em imóveis do senador em Vitória, com o objetivo de recolher o passaporte diplomático, mas o documento estaria no gabinete, em Brasília.

Em 15 de julho, Do Val pediu autorização ao STF para viajar com a família aos Estados Unidos. No dia seguinte, Moraes negou o pedido, alegando não haver motivos para suspender as restrições.

Na ocasião, o ministro escreveu: “Cumpre ressaltar que cabe ao requerente adequar suas atividades às medidas cautelares determinadas e não o contrário”.

Depois de ir aos EUA, Do Val afirmou, em nota oficial, que viajou “com toda a documentação diplomática e consular plenamente regular” e disse que a saída do país foi informada antecipadamente ao STF, ao Ministério das Relações Exteriores e ao Senado Federal.

Crédito Revista Oeste

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