Líder da oposição venezuelana escreveu artigo ao “WSJ”; na 3ª feira (30.jul), política estava em Caracas para ato contra Maduro
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, disse nesta 5ª feira (1º.ago.2024) em artigo publicado no Wall Street Journal estar escondida e temendo pela vida. Ela esteve presente em manifestação pública contra o presidente Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda) na 3ª feira (30.jul).
No texto, Corina Machado também declarou que pode “provar que Maduro foi derrotado” de forma “esmagadora”. Segunda ela, o candidato Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática, centro-direita) obteve 67% dos votos e o chavista, 30%.
A líder da oposição também disse ter 80% dos recibos de votação eleitoral, que foram tornados públicos em um site.
O resultado que afirma ser o correto vai contra os números divulgados pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral). No domingo (28.jul), o órgão sob o comando chavista anunciou que Maduro venceu o pleito com 52,2% dos votos e González recebeu 42,2% dos votos.
No artigo, María Corina Machado apelou à comunidade internacional para derrubar o regime de Nicolás Maduro. Segundo ela, outros países precisam decidir se devem, ou não, tolerar um “governo demonstravelmente ilegítimo”.
“Cabe à comunidade internacional decidir se tolera ou não um governo demonstravelmente ilegítimo”, declarou. “Apelo àqueles que rejeitam o autoritarismo e apoiam a democracia para se juntarem ao povo venezuelano em nossa nobre causa.”.
A líder da oposição também citou perseguição sofrida por ela e pela aliada Corina Yoris. O Supremo Tribunal de Justiça do país proibiu Corina de ocupar qualquer cargo público, enquanto Yoris diz não ter conseguido se registrar para concorrer nas eleições. González foi a 3ª opção.
“Embora eu tenha vencido uma primária aberta com 92% de apoio, ele [Maduro] me proibiu de concorrer à presidência. Então, desqualificou minha substituta escolhida, Corina Yoris”, afirmou.