Medidas serão adotadas para baratear alimentos, diz ministro após críticas de Lula

O ministro Rui Costa, da Casa Civil, afirmou nesta quarta (22) que o governo tomará medidas para baratear o preço dos alimentos, e que isso está no radar desde o final do ano passado – antes mesmo da reclamação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na primeira reunião ministerial deste ano na última segunda (20).

A sinalização de uma solução foi feita durante o programa “Bom Dia, ministro”, da EBC, e faz parte da nova estratégia de comunicação do governo sob o comando do ministro-marqueteiro Sidônio Palmeira, da Secretaria de Comunicação Social (Secom).

“Vamos fazer algumas reuniões com Ministério da Agricultura, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Ministério da Fazenda para buscar conjunto de intervenções que sinalizem para o barateamento dos alimentos”, disse.

De acordo com ele, Lula já recebeu sugestões de redes de supermercados, no final do ano passado, com medidas que podem ajudar a reduzir o preço dos alimentos.

“No final do ano passado, [Lula] fez reunião com redes de supermercado e eles sugeriram algumas medidas. Vamos implementá-las agora no primeiro bimestre. A partir dessas reuniões, ouvindo produtores, buscar medidas que consigam reduzir preço dos alimentos”, pontuou.

Ele reafirmou que os alimentos ficaram mais caros no ano passado por causa das condições climáticas no país, das vendas ao exterior e do aumento do poder aquisitivo das pessoas, mas que este ano será melhor.

Na última segunda (20), Lula deu um puxão de orelha nos ministros, afirmando que “os alimentos estão caros na mesa do trabalhador”.

“Todo ministro sabe que o alimento tá caro e uma tarefa nossa garantir que chegue na mesa do povo trabalhador, da dona de casa, na mesa do povo brasileiro, em condições compatíveis com o salário que ele ganha”, disparou.

A bronca de Lula aos ministros foi dada dias depois de uma pesquisa apontar que mais da metade dos brasileiros sentiu um aumento de preços dos alimentos nos supermercados desde que ele voltou ao poder. Essa é a percepção de 6 em cada 10 entrevistados, enquanto que apenas 11,6% sentiram uma redução.

De acordo com o IBGE, a inflação estourou o teto da meta em 2024 e chegou a 4,83% puxada, entre outros itens, pelos preços das carnes e do café. As carnes subiram 20,84% no ano, enquanto que o café moído disparou 39,6%.

No cálculo geral, o segmento de alimentos e bebidas foi o que mais pesou na inflação do ano, com um aumento de 7,69%.

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