Especialista americano revela na CREDN operação coordenada entre governo Biden, CIA e autoridades brasileiras para interferir nas eleições de 2022
O especialista americano em censura digital Mike Benz fez novas revelações explosivas durante seu depoimento na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), expondo como Luís Roberto Barroso, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), membros de ONGs e até civis brasileiros mantinham comunicação direta com a USAID do governo Biden para “alinhar ações” visando interferir nos processos democráticos brasileiros.
Benz citou reportagem do Financial Times intitulada “A campanha discreta dos Estados Unidos para defender as eleições no Brasil”, que expôs uma operação coordenada: “Houve uma campanha secreta e articulada por parte do governo de Joe Biden, incluindo os militares, a CIA, o Departamento de Estado e o Pentágono, e a Casa Branca.”
O especialista destacou que se tratava de “um engajamento muito incomum”, conforme relatado pelo ex-embaixador do Brasil, Michael McKinley, e que “essa campanha secreta de interferência na política brasileira tinha riscos, porque os Estados Unidos vêm sendo criticados na região por interferir nas questões políticas brasileiras”.
Estados Unidos forneceram componentes para urnas eletrônicas
Uma das revelações mais graves foi sobre o fornecimento americano de componentes para as urnas eletrônicas brasileiras: “Os Estados Unidos também ofereceram ajuda no processo eleitoral para obter componentes, especialmente semicondutores, utilizados nas urnas eletrônicas.”
Benz detalhou a operação: “O embaixador Anthony Harrington utilizou-se de conexões com a Texas Instruments para oferecer semicondutores ou atender as necessidades de semicondutores, e o Departamento de Estado também priorizou a necessidade brasileira de semicondutores oferecidos pela Novotone, uma empresa taiwanesa.”
O especialista foi enfático sobre a interferência americana: “O Departamento de Estado americano, para manipular o processo eleitoral em um país estrangeiro, desviou carregamentos para os Estados Unidos para construir urnas eletrônicas contra o presidente democraticamente eleito.”
Benz revelou que a interferência chegou ao nível de ameaças diretas: “A CIA, que é precursora da derrubada de um governo, disse pessoalmente ao governo Bolsonaro para não questionar as urnas eletrônicas que o governo americano havia ajudado a instalar no país.”
O especialista expressou sua indignação: “Fico imaginando o quanto é difícil ser brasileiro e ver um país estrangeiro instalando componentes de urnas eletrônicas potencialmente fraudulentas, e o chefe da CIA, que sabe-se que atuou para derrubar dezenas de governos, e essa pessoa dizendo, então, não questione as urnas eletrônicas que nós acabamos de instalar no seu país.”
Barroso admite papel americano decisivo
Uma das revelações mais impactantes foi sobre declarações do próprio Barroso: “Luiz Barroso, o chefe de Justiça, disse que os Estados Unidos têm um papel decisivo.”
Benz destacou a contradição: “Há membros do governo brasileiro e da sociedade civil do Brasil que se comunicaram com as autoridades americanas ou organizações da sociedade civil americana para poder ter o caso no Brasil.”
O especialista americano questionou por que apenas um lado político é investigado por comunicação com estrangeiros: “Membros do governo brasileiro, das organizações da sociedade civil brasileira, estão em investigação criminosa para comunicação com o porquê que o próprio presidente da STF não tem essa prevenção.”
Benz foi direto: “O presidente do STF no Brasil, ele tenta fazer essa interferência nas organizações civis, embora somente um lado está acusado disso.”
Estrutura complexa de interferência
O depoimento revela uma estrutura sofisticada de interferência que envolveu:
- Casa Branca
- Departamento de Estado americano
- CIA
- USAID
- Pentágono
- Empresas privadas (Texas Instruments, Novotone)
- Autoridades brasileiras (TSE, STF)
- ONGs e sociedade civil brasileira
Segundo Benz, a operação foi extensiva: “Praticamente um ano de estratégias implementadas entre Casa Branca, Departamento de Estado, CIA, USAID, Pentágono.”
Impacto na soberania nacional
As revelações de Mike Benz expõem uma das mais graves violações da soberania brasileira já documentadas, mostrando como autoridades nacionais colaboraram ativamente com potência estrangeira para interferir em processos eleitorais internos.
A revelação de que componentes eletrônicos das urnas brasileiras foram fornecidos pelos Estados Unidos levanta sérias questões sobre a segurança e integridade do processo eleitoral nacional, especialmente considerando que a mesma potência estrangeira depois orientou para que não se questionassem essas urnas.
As revelações de Mike Benz estão baseadas em documentos públicos e reportagens da imprensa internacional, incluindo o Financial Times, e representam uma das mais detalhadas exposições sobre interferência externa em processos democráticos brasileiros já apresentadas no Congresso Nacional.