Foto - Richard Silva/PCdoB-José Cruz/Agencia Brasil
Jorge Messias e Orlando Silva defenderam a ‘regulamentação’ das redes sociais e criticaram Elon Musk
O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, e o deputado federal Orlando Silva (PCdoB), relator do Projeto de Lei (PL) da Censura, tornaram-se notícia neste domingo, 7, no jornal britânico Finacial Times. Isso porque ambos os políticos defenderam a “regulamentação” das redes sociais e criticaram o dono do Twitter/X, Elon Musk.
“Não podemos conviver em uma sociedade em que bilionários com domicílio no exterior tenham controle de redes sociais e se coloquem em condições de violar o Estado de Direito, descumprindo ordens judiciais e ameaçando nossas autoridades”, escreveu Jorge Messias. A “A paz social é inegociável.”
É urgente regulamentar as redes sociais. Não podemos conviver em uma sociedade em que bilionários com domicílio no exterior tenham controle de redes sociais e se coloquem em condições de violar o Estado de Direito, descumprindo ordens judiciais e ameaçando nossas autoridades. autoridades. A Paz Social é inegociável. — Jorge Messias April 6, 2024
Já Orlando Silva disse que o dono do Twitter/X ultrapassou os limites. “Agora, Elon Musk sinaliza desrespeitar o Poder Judiciário”, afirmou. “Vou sugerir ao presidente da Câmara, Arthur Lira, para pautar o PL 2630 e desenvolvermos o regime de responsabilidades dessas plataformas digitais. É resposta em defesa do Brasil.”
Chegamos ao limite!
Agora @elonmusk sinaliza desrespeitar Poder Judiciário.
Vou sugerir ao pres. @ArthurLira_ pautar o PL 2630 e desenvolvermos o regime de responsabilidades dessas plataformas digitais.
É resposta em defesa do Brasil.
— Orlando Silva (@orlandosilva) April 7, 2024
A reportagem do Finacial Times é direta: “Brasil ameaça regular redes sociais após embate com Elon Musk”, diz o título. Ao longo do texto, o jornal cita o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como um dos protagonistas do momento de tensão política no país.
O periódico lembra que o magistrado proferiu decisões contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e determinou o bloqueio de perfis brasileiros na rede social. Segundo o Financial Times, essas contas “provavelmente estão ligadas a movimentos de extrema direita, que encontraram terreno fértil no Twitter/X e em outras plataformas de mídia social, incluindo o Telegram”.
Entenda o caso que envolve Elon Musk, Alexandre de Moraes e o Twitter/X
Sábado, às 2h03
O dono do Twitter/X interpela o ministro do STF: “Por que você está determinando tanta censura no Brasil?”.
Why are you demanding so much censorship in Brazil?— Elon Musk (@elonmusk) April 6, 2024
A indagação de Elon Musk ocorre dias depois da divulgação do Twitter Files Brasil, revelados pelo jornalista norte-americano Michael Shellenberger.
Sábado, às 19h01
Elon Musk volta a interpelar Alexandre de Moraes. Desta vez, o dono do Twitter/X quis saber a razão de a Justiça do Brasil ter determinado o bloqueio de perfis populares no país.
“Por que você está fazendo isso, Alexandre de Moraes?”, indagou o bilionário, referindo-se à decisão da Justiça.
Na mesma publicação, a plataforma alega ter sido forçada a bloquear os perfis. “Não sabemos os motivos pelos quais essas ordens foram emitidas”, disse, ao acrescentar que está proibida de informar qual tribunal ou juiz emitiu a ordem.
Sábado, às 19h31
Trinta minutos depois, Elon Musk informa que irá retirar as restrições impostas aos perfis brasileiros na plataforma.
“Esse juiz aplicou multas pesadas, ameaçou prender nossos funcionários e cortar o acesso ao X no Brasil”, escreveu o bilionário. “Como resultado, provavelmente perderemos todas as receitas no Brasil e teremos de fechar nosso escritório lá. Mas os princípios são mais importantes do que o lucro.”
We are lifting all restrictions. This judge has applied massive fines, threatened to arrest our employees and cut off access to 𝕏 in Brazil.
As a result, we will probably lose all revenue in Brazil and have to shut down our office there.
But principles matter more than profit.
— Elon Musk (@elonmusk) April 6, 2024