O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, foi apontado para depor como testemunha pela defesa de um militar réu no caso
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (14/7) para ser dispensado de sua oitiva como testemunha na ação da trama golpista.
O ministro foi apontado como testemunha de defesa pelo tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, um dos réus do “núcleo 3”, suspeitos de “planejar ações táticas” para efetivar o suposto plano golpista.
Rafael é suspeito de ter monitorado o ministro do Supremo Alexandre de Moraes.
O pedido de Múcio vem às vésperas da data em que sua oitiva foi agendada, que está prevista para a semana que vem, na manhã do dia 22 de julho, por videoconferência.
No entanto, Múcio pede para que Moraes, relator do caso, negue sua participação como testemunha, uma vez que ele não teria conhecimento sobre os fatos que estão sendo julgados na ação.
“Não obstante, o requerente informa que desconhece os fatos objeto de apreciação na presente ação penal, motivo pelo qual requer o indeferimento da sua oitiva na qualidade de testemunha, nos termos do art. 400, § 1º, do Código de Processo Penal”, afirma Múcio.
A oitiva do ministro da Defesa faz parte da instrução do processo, em que o STF ouve tanto testemunhas de acusação quanto as arroladas pelas defesas dos réus.
Esta semana começam as oitivas de três núcleos da trama golpista, que se estendem até o final de julho. Ao todo, são 178 testemunhas que serão ouvidas nos próximos dias.