Israel acusa Irã de violar direito internacional ao atingir instalação médica civil
BE’ER SHEVA — O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, declarou que o ataque do Irã a um hospital em Be’er Sheva constitui crime de guerra. Um bombardeio de mísseis iranianos atingiu o Hospital Soroka na manhã de quinta-feira, ferindo mais de 70 pessoas, segundo autoridades israelenses.
“Atrás de mim vocês podem ver o prédio de cirurgia. É um edifício no qual todos os dias a equipe médica, os médicos, fazem esforços tremendos para salvar vidas humanas”, disse Sa’ar do lado de fora da instalação médica.
“Este é exatamente o local que o regime iraniano teve como alvo – um hospital civil. Isso é claramente um crime de guerra. Reflete a estratégia consistente do regime iraniano: eles estão deliberadamente mirando na população civil, alvos civis, civis, crianças, idosos. É inaceitável”, declarou o ministro.
Contraste entre estratégias militares
Sa’ar enfatizou as diferentes abordagens adotadas pelos dois países no conflito. Segundo o ministro, Israel está atacando objetivos militares, instalações do programa nuclear e alvos de mísseis balísticos, enquanto o Irã está deliberadamente mirando em civis.
O Hospital Soroka, localizado em Be’er Sheva, no sul de Israel, é uma das principais instalações médicas da região e atende tanto a população israelense quanto palestina. O ataque ocorreu durante o horário de maior movimento matinal, quando médicos, enfermeiros e pacientes estavam nas dependências.
Promessa de retaliação
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu retaliação pelo ataque. A declaração surge em meio ao crescente ciclo de violência entre Israel e Irã, que tem se intensificado nas últimas semanas.
O incidente marca uma nova escalada no conflito, com o ataque direto a uma instalação médica civil representando uma violação potencial do direito internacional humanitário, que protege hospitais e outras instalações médicas durante conflitos armados.
Contexto internacional
Ataques a hospitais e outras instalações médicas são considerados crimes de guerra sob as Convenções de Genebra, que estabelecem as regras do direito internacional humanitário. Instalações médicas devem ser protegidas durante conflitos, independentemente de qual lado do conflito estejam servindo.
A comunidade internacional tem repetidamente condenado ataques a hospitais em zonas de conflito, considerando-os violações graves do direito internacional. O caso agora se junta a uma série de incidentes similares que têm caracterizado os crescentes confrontos entre Israel e Irã.
As tensões entre os dois países têm se intensificado significativamente, com ambos os lados escalando suas operações militares e retórica, levantando preocupações sobre uma possível guerra regional mais ampla no Oriente Médio.
Crédito Fox News