Moraes arquiva inquérito contra Silveira

Procedimento apurava supostas violações à tornozeleira eletrônica

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou um inquérito contra Daniel Silveira.

Trata-se do procedimento aberto por Moraes em 2021 para apurar mais de 30 supostas violações do ex-deputado à tornozeleira eletrônica. Em 2022, o inquérito chegou a ser prorrogado, por mais de 60 dias.

Em virtude do que teria sido desrespeito à decisão do STF, à época, Moraes determinou, novamente, a prisão de Silveira, em 24 de junho daquele ano. Preso inicialmente em 17 de fevereiro, por ofensas ao Tribunal, Silveira estava em regime domiciliar desde 14 de março.

“Tendo o Ministério Público Federal requerido o arquivamento no prazo legal, não cabe ação privada subsidiária, ou a título originário, sendo essa manifestação irretratável, salvo no surgimento de novas provas”, escreveu Moraes, em decisão assinada na semana passada. “Diante do exposto, acolho a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e defiro o arquivamento desta investigação.”

O que disse a PGR, sobre o arquivamento do inquérito contra Daniel Silveira

Ao requerer a Moraes o arquivamento do procedimento, a PGR observou que “a violação ao monitoramento eletrônico pelo investigado foi remediada por meio da decretação da sua prisão preventiva, em decisão proferida no dia 24/6/2021”. “Assim, excluída a tipificação criminal do fato, o Ministério Público Federal manifesta-se pelo arquivamento dos autos”, informou a PGR.

Nota da defesa

Advogado de Silveira, Paulo Faria classificou o inquérito como “farsa” de Moraes para manter o ex-deputado na cadeia. “Foi um inquérito aberto de ofício, por Moraes, para apurar supostas violações à tornozeleira em prisão domiciliar”, disse Faria. “A própria Polícia Federal, em perícia, confirmou que não houve nenhuma violação.”

Atual situação do ex-deputado

Em 20 abril de 2022, o STF condenou Silveira a 8 anos e 9 meses de cadeia, pelos crimes de ameaça ao Estado Democrático de Direito e coação no curso do processo.

No ano passado, em dezembro, Moraes autorizou a prisão domiciliar para o ex-deputado.

Na véspera do Natal, contudo, determinou novamente a prisão, por supostas violações de cautelares.

Atualmente, o ex-deputado se encontra em uma colônia agrícola, em Magé (RJ).

Crédito Revista Oeste

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