Moraes derruba sigilo de pedido de inquérito da PGR contra Eduardo

Moraes será relator do pedido de abertura de inquérito. 

A solicitação de Gonet foi encaminhada ao presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, e distribuída para Moraes, que é relator na Corte do inquérito das fake news e da ação penal sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.

PGR afirma que Eduardo estaria articulando sanções dos EUA ao ministro Alexandre de Moraes para “coagir” o STF. Na petição, Gonet cita declarações dadas pelo deputado à imprensa de que estaria realizando agendas com congressistas americanos e membros da gestão Trump para impor medidas do país contra Moraes, como proibi-lo de realizar transações, abrir contas em bancos e usar o cartão de crédito.

Para a PGR, Eduardo tenta interferir no Judiciário para beneficiar o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo Gonet, há “evidências” de que o deputado estaria buscando “interferir no andamento regular dos procedimentos de ordem criminal, inclusive ação penal, em curso contra o sr. Jair Bolsonaro e aliados”.

Na quarta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, disse que “há grande possibilidade” de Moraes sofrer sanções. 

Afirmou que o país pode aplicar uma lei que permite punir estrangeiros por violação de direitos humanos. O deputado republicano Cory Mills alegou a Rubio que Moraes age politicamente para perseguir Bolsonaro, considerado aliado de Trump.

Gonet fala em “intuito de embaraçar” julgamento do STF e de “perturbar” o trabalho da PF no inquérito das fake news. Ainda segundo o procurador-geral, a “motivação retaliatória” aponta que não somente integrantes do Supremo, da Polícia Federal e da PGR estariam “sob ameaça”, mas também seus familiares.

Gonet pede ainda que Bolsonaro seja ouvido pela Polícia Federal. 

O ex-presidente, descreve o PGR, seria “diretamente beneficiado” pela ação do filho e já declarou que está custeando as despesas do deputado nos EUA. Há ainda solicitação para que as postagens de Eduardo nas redes sociais sejam monitoradas e preservadas.

Crédito UOL

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