Moraes mantém prisão de kids pretos envolvidos em suposta trama golpista

Tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima e Rafael Martins de Oliveira estão preso por suspeitas de atuarem em planos para matar Lula, Alckmin e Moraes, segundo a PF

Alexandre de Moraes manteve a prisão preventiva dos tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima e Rafael Martins de Oliveira, militares de forças especiais presos na Operação Contragolpe, em novembro de 2024, sob suspeita de tramar “planos golpistas” para manter Jair Bolsonaro no poder e, segundo a PF, matar Lula, Geraldo Alckmin e Moraes.

Em decisões assinadas na terça-feira, 4, Moraes negou pedidos das defesas dos militares para que eles fossem soltos. Entre as alegações, os advogados afirmavam não haver evidências que comprovem a prática dos alegados planos golpistas.

No caso de Ferreira Lima, o ministro do STF lembrou que o kid preto, como são chamados os militares com formação em unidades especiais, foi indiciado pela Polícia Federal por sua atuação em um núcleo que, segundo ele, espalhava informações falsas para minar a credibilidade do sistema eleitoral.

Alexandre de Moraes também apontou que a PF encontrou em arquivos de Hélio Ferreira Lima uma planilha detalhada com informações sobre um planejamento estratégico do tal golpe. O material, segundo investigação, incluía dados sobre o sequestro e possível execução do próprio Moraes, além dos assassinatos de Lula e Alckmin.

“A Defesa de Hélio Ferreira Lima não apresentou qualquer fato superveniente que pudesse afastar a necessidade de manutenção da custódia cautelar, ante a necessidade de resguardar ordem pública e a instrução processual penal, conforme as circunstâncias concretas evidenciadas nos autos”, decidiu Moraes.

No dia anterior à decisão de manter o kid preto preso, o ministro autorizou a transferência dele para uma cadeia militar no 7º Batalhão de Polícia do Exército, em Manaus. O tenente-coronel solicitou a mudança para ficar detido na mesma cidade onde vive a mulher dele, também militar do Exército.

Hélio Ferreira Lima oficial foi segurança pessoal de Dilma Rousseff quando a petista era presidente. À época, ele era do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e tinha a função de supervisor de segurança. No posto, era responsável por coordenar a “cápsula de segurança” de Dilma – como é chamada, no jargão militar e policial, a proteção mais aproximada dos presidentes.

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