Moraes nega ida de cacique preso a ritual: “Risco de fuga”

Moraes citou risco de fuga e histórico de foragido para barrar ida do cacique Tserere Xavante a cerimônia indígena

O ministro Alexandre de Moraes negou o pedido do cacique bolsonarista Tserere Xavante para deixar a prisão domiciliar e participar de um ritual tradicional do povo Xavante, no Mato Grosso.

Ao barrar o deslocamento, Moraes destacou que Tserere Xavante permaneceu foragido por cinco meses e lembrou que o cacique foi capturado na fronteira com a Argentina, após romper medidas cautelares.

“O réu, em anterior ocasião em que esteve submetido a medidas cautelares, permaneceu foragido por 5 (cinco) meses, entre 23/7/2024 e 23/12/2024, tendo sido preso em região de fronteira com a Argentina, o que revela a absoluta necessidade e adequação das medidas cautelares ora vigentes”, justificou o magistrado.

A cerimônia indígena está marcada para ocorrer entre os dias 9 e 15 de junho e inclui rituais como furação de orelhas, corrida com troncos e caça simbólica.

A defesa alegou que as restrições de mobilidade poderiam representar violação à liberdade cultural e religiosa do grupo indígena, uma vez que o impedimento da participação de Tserere em edições anteriores teria causado “danos ao equilíbrio sociocultural da comunidade” e à presença de seu filho adolescente em ritos de passagem.

Moraes, no entanto, rejeitou o pedido e afirmou que “cabe ao requerente adequar seu cotidiano às medidas cautelares determinadas, e não o contrário”.

Crédito Metrópoles

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