Moraes nega pedido de prazo maior para defesa de Bolsonaro

Foto – Gustavo Moreno/STF

Alexandre de Moraes, do STF, negou pedido da defesa de Jair Bolsonaro para estender o prazo de resposta à denúncia da PGR

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da defesa de Jair Bolsonaro para estender o prazo de resposta à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Os advogados solicitaram 83 dias, em vez de 15, que é o prazo legal.

A defesa afirma que o tempo maior é necessário para acessar e analisar todos os documentos da investigação e que foi este prazo — de 83 dias — que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, teve para apresentar a denúncia.

Ao negar o pedido, Moraes afirmou que a petição “carece de qualquer previsão legal” e destacou que todos os denunciados têm o mesmo prazo, conforme o artigo 4º da Lei 8.038/90 e o artigo 233 do Regimento Interno do STF.

“Conforme ressaltei no despacho que determinou a notificação, os prazos serão simultâneos a todos os denunciados, inclusive ao colaborador, uma vez que, somente os réus – uma vez instaurada eventual ação penal – têm o direito de apresentar alegações finais após a manifestação das defesas dos colaboradores, não se aplicando tal entendimento à presente fase procedimental”, escreveu Moraes.

Defesa de Bolsonaro reclama de falta de acesso a documentos

A defesa de Bolsonaro alegou falta de acesso completo ao material investigativo, incluindo delações premiadas, mas o ministro refutou. “Foi autorizado e publicizado, inclusive, o amplo acesso a todos os vídeos e mídias eletrônicas juntadas aos autos”.

Os advogados de Bolsonaro argumentaram “paridade de armas” com o Ministério Público Federal, defendendo o mesmo tempo que a acusação usou para análise. Esse argumento foi detalhado em uma manifestação de 12 páginas, que também citou acesso incompleto à delação de Mauro Cid.

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