Defesa apresentou documentos que contradizem delação de Mauro Cid, mas ministro do STF mantém ação penal por tentativa de golpe
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta sexta-feira (27) o pedido da defesa de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, para absolvição sumária no processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado.
“Indefiro o requerimento de absolvição sumária formulado por Filipe Martins”, decidiu Moraes, mantendo o ex-assessor como réu na ação penal.
Defesa apresentou provas materiais contra delação de Mauro Cid
A equipe de defesa de Martins juntou ao processo uma série de provas documentais que refutam a delação do tenente-coronel Mauro Cid. Segundo Cid, Martins teria viajado para Orlando (EUA) em 30 de dezembro de 2022, para participar de encontros que estariam ligados à tentativa de ruptura institucional.
A defesa apresentou:
- Bilhetes de passagens aéreas;
- Comprovantes de viagens por aplicativo de transporte (Uber);
- Documento oficial do governo dos Estados Unidos atestando a ausência de entrada de Martins no país naquele período.
Também foram contestadas, em outros processos, supostas reuniões relatadas por Cid com a presença de Martins, apontadas como encontros preparatórios para ações golpistas.
STF marca audiências com testemunhas
Apesar das provas apresentadas, Moraes manteve o andamento do processo e agendou as audiências de testemunhas do chamado “núcleo 2” do inquérito para os dias 14 a 21 de julho. Além de Filipe Martins, esse núcleo inclui o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, também réu no caso.
Crédito Aliados Brasil