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“Ingerências acabam por prejudicar tanto os acionistas da empresa quanto o próprio país”, diz Lucas Furtado na representação
Diante da crise aberta pela interferência direta de Lula na definição da política de pagamento de dividendos na Petrobras, revelada pelo próprio presidente da estatal, Jean Paul Prates, o subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Furtado, apresentou nesta segunda uma representação ao tribunal para que investigue o caso e adote responsabilidades contra os envolvidos no episódio que provocou prejuízos bilionários à companhia.
“O que se vê é que decisões tomadas pela Petrobras podem ter sido afetadas por interesses do governo federal. A opção por não pagar dividendos aos acionistas foi em sentido contrário à avaliação da área técnica da empresa, além de contrariar avaliações realizadas pelos conselheiros e pelo próprio presidente da estatal”, diz Furtado.
“Essas ingerências acabam por prejudicar tanto os acionistas da empresa quanto o próprio país, que vê empresas de participação nacional relevante sendo geridas de forma arbitrária e sem observar os devidos preceitos técnico-econômicos”, segue o integrante do MP.