Na mira de Lula, preços dos alimentos aceleram em março

Inflação do grupo subiu 1,17% no mês e foi o que mais influenciou o índice de preços

A inflação de alimentação e bebidas subiu novamente em março de 2025. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do setor acelerou para 1,17% no mês na comparação com fevereiro.

O grupo é sensível para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A equipe do governo tem feito um esforço na tentativa de diminuir os preços dos alimentos. Os dados mostram que não houve resultado perceptivo em março.

Uma das medidas do governo para diminuir o custo da alimentação foi a isenção de imposto de importação para uma série de produtos. O efeito tende a ser limitado. Os itens que ficaram sem o tributo representam só 1% de tudo que o Brasil importa.

Outra medida em estudo são mudanças na regulamentação do PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que novidades sobre o assunto devem vir em 1 mês.

O PAT permite algumas isenções fiscais com gastos de VA (vale-alimentação) e VR (vale-refeição), desde que ofereçam o benefício a todos os funcionários. Com isso, não têm natureza salarial, reduzindo encargos trabalhistas.

Haddad já havia defendido que mudanças no programa poderiam ser usadas para controlar a inflação dos alimentos. Segundo declarou em janeiro, ao regular “melhor a portabilidade”, haveria um “espaço para uma queda do preço da alimentação, tanto do vale-alimentação, quanto do vale-refeição”.

Na contramão, entidades de benefícios ao trabalhador disseram que a medida não reduziria o custo das comidas. Um dos argumentos é que a portabilidade de vale-refeição e vale-alimentação é diferente da bancária, quando a pessoa procura taxas e tarifas menores.

IMPACTO NA INFLAÇÃO GERAL

O grupo de alimentação e bebidas ajudou a puxar a alta no índice de preços geral em março, com variação de 1,17% e impacto positivo de 0,25 ponto percentual.

O IPCA desacelerou para 0,56% no mês. Havia sido de 1,31% em fevereiro. Isso não significa que os preços diminuíram, mas que se elevaram em um nível mais contido.

Os índices de inflação são usados para medir a variação dos preços. Ou seja, quanto vale o dinheiro de forma real e o peso no bolso do consumidor.

Em um resumo simplificado, um produto que custava R$ 100 passa a custar R$ 110 se a inflação ampla variou em 10,0% para cima.

Crédito Poder360

compartilhe
Facebook
Twitter
LinkedIn
Reddit

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *