O operador russo de um navio de carga que afundou no Mar Mediterrâneo, entre Espanha e Argélia, afirmou nesta quinta-feira que a embarcação foi atingida por uma série de explosões em um ato de sabotagem.
A Oboronlogistica, uma empresa estatal que operava o cargueiro Ursa Major, relatou que o navio foi destruído por três explosões poderosas logo acima da linha d’água, classificadas como um “ataque terrorista” que resultou no naufrágio da embarcação.
Em um comunicado divulgado pela agência estatal russa RIA Novosti, a empresa informou que as explosões abriram um buraco no lado estibordo do navio e encheram a sala de máquinas com fumaça tóxica, dificultando as tentativas da tripulação de acessar o local. Além disso, os danos causados à sala de máquinas tornaram impossível ativar as bombas para manter o navio flutuando.
As alegações da empresa não puderam ser verificadas de forma independente.
Quatorze membros da tripulação do Ursa Major foram resgatados sem ferimentos em um bote salva-vidas e transferidos para a Espanha. Dois tripulantes permanecem desaparecidos.
A empresa informou que o navio, um dos maiores cargueiros da Rússia, havia partido de São Petersburgo e transportava dois guindastes pesados e outros equipamentos com destino ao porto de Vladivostok, na costa leste da Rússia.
A Oboronlogistica, uma empresa russa de transporte e logística criada sob a supervisão do Ministério da Defesa da Rússia, foi alvo de sanções dos Estados Unidos e da União Europeia devido aos seus vínculos com as forças armadas russas.
Embora o aquecimento global tenha tornado a Rota do Mar do Norte, via Ártico russo, cada vez mais acessível durante todo o ano, a maioria dos navios ainda precisa optar pela rota sul durante o inverno.
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