Ninguém se preocupou com deficit fiscal do Guedes, diz Lula

Lula afirma que o ministro Fernando Haddad atua com “seriedade” e critica cobranças diárias sobre a meta fiscal de 2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta 4ª feira (25.jun.2025) que ninguém se preocupava com o deficit fiscal durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), quando o ministro da Economia era Paulo Guedes. Reclamou das cobranças diárias sobre a capacidade de o governo cumprir a meta de ter deficit zero neste ano.

“Agora mesmo, todo dia se fala de deficit fiscal. Quem é que se preocupou com deficit fiscal no governo passado? Qual é o empresário que foi para imprensa dizer que o Guedes estava desrespeitando o deficit fiscal?”, declarou o petista.

O último ano em que o resultado primário das contas públicas do Brasil foi positivo foi em 2022, com R$ 54,1 bilhões, no apagar das luzes da gestão Guedes. Antes disso, havia sido em 2013 com a ex-presidente Dilma Rousseff.

Em maio, o governo Lula anunciou o congelamento de R$ 31 bilhões do Orçamento de 2025 para cumprir o objetivo de deficit zero.

A margem de tolerância para 2025 é de até R$ 30,9 bilhões de saldo negativo, 0,25% do PIB (Produto Interno Bruto).

Em 2024, as contas públicas tiveram um deficit primário de R$ 11,0 bilhões, no intervalo permitido da meta fiscal. Não entraram no cálculo os gastos com a reconstrução do Rio Grande do Sul e as queimadas no país, o que elevariam o saldo negativo para R$ 44,0 bilhões. O limite do ano anterior era de um deficit de até R$ 28,8 bilhões.

Em discurso durante evento sobre biocombustíveis nesta 4ª feira (25.jun), Lula elogiou seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dizendo que ele conduz a política econômica do governo com seriedade. Além disso, lembrou que teve superavit em todos os anos em que esteve no Planalto de 2003 a 2010.

O único país do mundo que foi superavit primário durante todo o governo fui eu. A China não fez, Estados Unidos não fez, a Suécia não fez, a Itália não fez, o Japão não fez. Nós fizemos, porque ter seriedade com a economia não é fazer mágica, é saber que se a gente errar o tombo pode ser pior. E eu sei o que é um tombo porque eu quebrei minha cabeça num tombo”, disse.

Em outro momento do discurso, afirmou que o melhor momento da economia em mais de uma década foi em 2023, quando ele voltou ao poder. Dirigindo-se a empresários presentes no evento, disse que nos últimos anos a rentabilidade das empresas aumentou, assim como a massa salarial.

Crédito Poder360

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