Governador do Rio de Janeiro pode ainda ficar inelegível por oito anos, se o Tribunal der seguimento à ação
Um pedido para mais tempo de análise no processo que pode cassar o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, é “muito provável”, disse um ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), à coluna, em caráter reservado. Muito comentado nos bastidores da Corte, o assunto surpreendeu alguns integrantes do Tribunal.
Também ouvido por Oeste, outro magistrado do TSE observou que o “volume de informações é grande”.
O TSE vai analisar o caso, nesta terça-feira, 4, depois de a presidente da Corte, Cármen Lúcia, pautá-lo na semana passada.
A decisão de Cármen de inserir a ação na agenda ocorreu um dia depois da operação da polícia do Estado contra o Comando Vermelho.
Conforme as autoridades, 117 pessoas morreram. Dos 115 nomes divulgados por ora, 97 possuem passagem criminal — a maioria, por crime de tráfico.
Processo contra Cláudio Castro
Conforme o Ministério Público Eleitoral (MPE), Castro e outros 11 investigados obtiveram vantagem eleitoral em 2022 por meio de contratações temporárias e repasses de recursos na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Segundo os procuradores, os vínculos teriam sido firmados sem amparo legal e utilizados para ampliar a base política do então candidato à reeleição.
O caso foi julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), que em maio de 2024 rejeitou a acusação por falta de provas. O colegiado entendeu que o MPE não demonstrou relação direta entre as contratações e o resultado das urnas. O MPE, contudo, recorreu ao TSE.





