Para o ‘establishment’ político-midiático de Westminster, Sir Keir Starmer tem um propósito predominante: manter Nigel Farage fora de Downing Street. De repente, seus apoiadores mais importantes, a mídia tradicional, reconhecem que ele não é capaz e o estão submetendo a um ritual de humilhação em vingança.
As pesquisas não são boas para Sir Keir: ele teve um dos primeiros anos no poder menos promissores de um líder vitorioso em eleições na história britânica moderna, e o Reform UK liderado por Farage lhe deu uma surra nas recentes eleições inglesas e não mostra sinais de desaceleração. Starmer tentou revidar, é claro, primeiro imitando Farage e depois hoje atacando-o.
Palavras estridentes foram oferecidas, mas a resposta agressiva da mídia normalmente dócil comunica muito fortemente um sentimento de que Starmer pode já ter esgotado sua utilidade para eles. De fato, os comentários cínicos e mordazes dos veículos de mídia nos quais em tempos normais um líder trabalhista poderia absolutamente confiar para ser seu eleitorado final e inabalável implicam desprezo zombeteiro direto por um líder que falha em conter Nigel Farage.
O primeiro após o pequeno discurso de ataque de Starmer foi uma pergunta de “Harry da BBC”, que perguntou com uma falta básica de deferência tão chocante para a emissora estatal que só pode deixar a impressão de que o feitiço havia realmente se quebrado para Starmer: “A velocidade do declínio em sua popularidade é historicamente sem precedentes. Este discurso hoje não é uma admissão de que você falhou e que Nigel Farage entende os eleitores melhor que você?”.
Dificilmente se pode culpar Starmer por ter ficado ali, boca aberta, enquanto ouvia isso. Naturalmente não houve resposta substancial — para ser totalmente justo com Starmer, simplesmente não é normal para primeiros-ministros britânicos dar respostas diretas a perguntas incômodas — apenas uma resposta padrão ouvida dezenas de vezes antes. Mas o que está implícito é simples: Keir Starmer é impopular por causa do Partido Conservador.
The Guardian, o jornal oficial do clã Starmer, também foi brutalmente implacável. Dirigindo-se ao Primeiro-Ministro simplesmente como “Keir”, seu repórter perguntou: “…sobre a questão mais ampla da oposição que você está enfrentando agora, você acha que um dos problemas é que Nigel Farage consegue aproximar-se de falar como um ser humano enquanto você apenas recorre a argumentos prontos e esquiva de perguntas?”.
Ai. Ainda mais jornalistas que receberam perguntas chamaram o Primeiro-Ministro de “defensivo”, “em pânico”, perguntaram se ele estava permitindo que Farage “morasse de graça” em sua cabeça, o acusaram de copiar o Reform UK e de ser hipócrita por acusar Farage de fazer promessas de gastos enquanto executava as suas próprias.
Pelo menos Starmer pode encontrar algum consolo no regulamento de seu próprio partido político, que torna desafios à liderança relativamente difíceis de convocar, diferentemente dos Conservadores que parecem gostar de tê-los semestralmente. Como as coisas estão, a menos que um quinto completo de seus Membros do Parlamento se rebelem antes da próxima conferência do partido em setembro, ele pode se considerar seguro por enquanto.
Algumas conspirações estão em andamento, mas, por enquanto, de fora do partido. John McDonnell, um membro da ala de extrema esquerda do Partido Trabalhista agora expurgado do partido, pediu um “desafio de liderança de base” esta semana, argumentando que sem derrubar Starmer os ativistas correm o risco de perder completamente seu partido.
Crédito Breitbart
