A confirmação de uma eventual sanção contra Alexandre de Moraes é vista no PL como um fator que pode mudar o xadrez eleitoral da direita. Na cúpula da legenda existe a avaliação de que, se o magistrado sofrer punições impostas pela gestão de Donald Trump, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se fortalece como opção para concorrer à Presidência em 2026
A aliados, o filho de Jair Bolsonaro, que vem capitaneando o movimento contra Moraes nos EUA, faz a previsão de que as ações contra o ministro ocorrerão em duas semanas. Na quinta-feira, Eduardo disse acreditar que, entre as consequências que Moraes enfrentaria caso a punição seja confirmada, estão o bloqueio de vistos e a proibição de “realizar compras” com cartão de crédito, já que “são cartões de bandeiras norte-americanas”. As declarações foram dadas à CNN.
No PL, a leitura é que uma eventual sanção internacional contra Moraes aumentará o capital político de Eduardo Bolsonaro, com a possibilidade de colocá-lo como um player da direita competitivo contra Lula. Integrantes do partido afirmam que, se qualquer medida contra o ministro for aplicada pela gestão Trump, o PL destacará que o mérito é exclusivamente de Eduardo.
Essa não é a primeira vez que o nome do deputado passa a ser aventado como possibilidade para concorrer ao Palácio do Planalto. Apesar de Michelle Bolsonaro e do governador Tarcísio de Freitas serem vistos pelo entorno do ex-presidente e por seus aliados como os nomes mais fortes, Bolsonaro passou a admitir, a portas fechadas, que um de seus herdeiros poderia concorrer à vaga.
Eduardo é apontado como o nome mais forte entre os filhos, por não ter enfrentado problemas na Justiça, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e por ter maior conexão com a militância de direita e lideranças internacionais.
Crédito O Globo
