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O que dizem os senadores do Paraná sobre o impeachment de Alexandre de Moraes

A reportagem da Gazeta do Povo fez contato com os três senadores eleitos pelo estado do Paraná para saber a opinião deles sobre a proposta de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Dos três representantes do estado na Casa Alta do Congresso Nacional, apenas Oriovisto Guimarães (Podemos) declarou publicamente seu apoio à medida. Flávio Arns (PSB) e Sergio Moro (União) preferiram não se manifestar.

À Gazeta do Povo, a assessoria do senador do Podemos reforçou o posicionamento dele favorável às investigações sobre as possíveis condutas inadequadas por parte de Moraes. “A lei é para todos. Se forem constadas irregularidades, que seja aplicada a sanção cabível”, disse Guimarães.

Em 2021, senador disse que impeachment no STF seria “tentativa de desestabilização da democracia”

A postura atual é diferente daquela defendida por Guimarães em agosto de 2021. Naquele ano, em uma sessão remota do Senado Federal, ele afirmou ser contra a abertura de um processo de impeachment contra Alexandre de Moraes protocolado pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) – o ministro Roberto Barroso era outro alvo do pedido.

Apesar de ter sido um dos signatários da chamada CPI da Lava Toga, o senador paranaense classificou então a medida como uma “tentativa de desestabilização da democracia”. “Se esse pedido que o Palácio do Planalto disse que vai colocar para a cassação de dois Ministros do Supremo Tribunal Federal chegar até este Senado, nos dê permissão para suportar juntos, para lhe emprestar os nossos ombros e dizer um redondo ‘não’ a essa tentativa de desestabilização da democracia”, havia afirmado Guimarães.

Dias depois, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) rejeitou o pedido com base em uma avaliação da Advocacia do Senado. O parecer encaminhado à presidência da casa apontava falta de adequação legal. Além disso, Pacheco justificou a decisão citando a preservação da independência entre os poderes.

“Há também o lado político de uma oportunidade dada para que possamos restabelecer as boas relações entre os poderes. Quero crer que esta decisão possa constituir um marco de pacificação e união nacional, que tanto pedimos, e é fundamental para o bem-estar da população e para a possibilidade de progresso e ordem no nosso país”, declarou Pacheco, em agosto de 2021.

A reportagem questionou o senador sobre a mudança de postura em relação ao impeachment de Alexandre de Moraes. Em resposta, Guimarães afirmou que “com o tempo, algumas decisões monocráticas e autoritárias do ministro justificam um posicionamento mais duro do Congresso”.

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