Para defender Lula, José Dirceu culpa governador

Ex-ministro afirma que Rio vive ‘situação de quase guerra civil’ e cobra cooperação entre as polícias

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu criticou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), em um vídeo nesta terça-feira, 28. Ele publicou o conteúdo por volta das 17h30, em sua conta no Twitter/X. Dirceu afirmou que o Estado vive “um colapso na segurança pública”. Da mesma forma, acusou o governador de tentar transferir ao governo federal a responsabilidade pela escalada da violência.

“O governador está sem moral. Não tem condições nem de disputar o Senado, nem de indicar um sucessor. Há uma paralisia no Estado”, disse o ex-ministro. Segundo ele, Castro “quer jogar a responsabilidade no governo federal”, mas foi contra as medidas de integração entre as forças estaduais e os órgãos federais de segurança, como a Polícia Federal e o Ministério da Justiça.

José Dirceu cita São Paulo como exemplo

Dirceu defendeu que a cooperação entre as esferas de governo é essencial para enfrentar o crime organizado. Nesse sentido, citou principalmente São Paulo como exemplo. “É público e notório que a ação conjunta do governo federal e da Polícia Federal em São Paulo teve resultados positivos no combate à criminalidade. O que falta no Rio é o governador assumir sua parte na crise”.

O ex-ministro afirmou do mesmo modo que a situação no Estado é grave e assim exige união política. “Estamos vivendo praticamente uma situação de guerra civil. É hora de estarmos juntos, e não de transformar a segurança pública em disputa política”.

As declarações de José Dirceu ocorreram poucas horas depois de uma megaoperação policial deixar ao menos 60 mortos nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro. A ação, classificada pelo governador Cláudio Castro como “a maior da história do Estado”, mobilizou mais de mil agentes das polícias Civil e Militar e contou principalmente com o apoio de blindados e helicópteros.

O governo estadual afirma que o objetivo da operação foi combater o tráfico de drogas e prender líderes de facções criminosas que atuam nas comunidades. Já organizações de direitos humanos e parlamentares da oposição criticaram a falta de transparência sobre os resultados e o alto número de mortos, pedindo investigação sobre supostos das forças de segurança.

Crédito Revista Oeste

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