Em um dos diálogos, Tagliaferro dizia à esposa ter medo de ser morto ou preso
A Polícia Federal (PF) removeu, nesta quarta-feira (16), arquivos de uma pasta pública na internet que continham mensagens pessoais do perito Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, com sua esposa e seu advogado. O material havia sido divulgado no âmbito de um inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria de Moraes.
Os arquivos ficaram disponíveis por quase duas semanas, acessíveis a qualquer pessoa. Eles traziam conversas íntimas do casal e diálogos protegidos por sigilo com o advogado, o que é garantido por lei. A divulgação ocorreu dentro de um relatório da PF, com link aberto ao público.
A apuração contra Tagliaferro começou após o vazamento de mensagens trocadas entre ele e a equipe de Moraes, divulgadas pela Folha de S.Paulo em agosto de 2023. Os diálogos mostram como eram feitos relatórios para derrubar perfis e postagens nas redes sociais.
A nova leva de mensagens foi colhida ao longo de 2024, assim que o ex-assessor começou a ser investigado por suposta violação de sigilo funcional. A PF tenta descobrir se ele mesmo repassou à imprensa o conteúdo das conversas anteriores com a equipe de Moraes.
Os arquivos foram colocados no ar em 1º de abril, em uma pasta acessível na rede. O link foi incluído no relatório da perícia, sem qualquer restrição de acesso.
A remoção aconteceu depois que o jornal Gazeta do Povo publicou trechos das mensagens, nelas Tagliaferro dizia temer ser preso ou até morto, caso revelasse o que sabia sobre os bastidores do trabalho com Moraes
Crédito Aliados Brasil
