PGR concorda com remição de 113 dias de pena de Silveira

Parecer segue agora para decisão do ministro Alexandre de Moraes; se aceito, ex-deputado pode ir ao regime aberto

Nesta quarta-feira, 3, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou pela remição de 113 dias da pena do ex-deputado federal Daniel Silveira.

Dessa forma, o documento segue para o gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A diminuição da pena tem previsão na Lei de Execução Penal, que impõe algumas obrigações aos presos, entre elas, o trabalho, o estudo e a leitura na cadeia.

“A documentação apresentada registra 92 dias de trabalho, a leitura de 12 livros e a conclusão de dois cursos”, explica o despacho da PGR, assinado pelo vice-PGR, Hindenburgo Chateubriand Filho. “O parecer, assim, é pelo deferimento do benefício, nos termos da lei.”

Em entrevista ao Jornal da Oeste, Primeira Edição, o advogado de Silveira, Paulo Faria, disse que, depois do possível deferimento de Moraes, o ex-deputado já consegue solicitar o cumprimento de pena no regime aberto.

“Assim, o Daniel já teria janela desde 23 de agosto para ocorrer o regime aberto, ou seja, o Daniel vai poder ficar na casa dele, se Moraes deferir o pedido”, explicou o operador do Direito.

Trajetória de Daniel Silveira

Silveira é um ex-policial militar, eleito deputado federal em 2018, pelo Rio de Janeiro. No Congresso, consolidou-se como uma das vozes mais alinhadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, com postura de enfrentamento às instituições e defesa de pautas à direita.

Sua trajetória política teve embates com o STF, declarações polêmicas e fortes contra ministros, especialmente em vídeos divulgados nas redes sociais.

Seus atos o colocaram no centro de investigações sobre ameaças à ordem democrática.

Em 2021, Silveira foi preso depois de divulgar um vídeo com ameaças ao STF. O caso teve desfecho em abril de 2022, quando o STF, sob relatoria de Moraes, o condenou a oito anos e nove meses de prisão pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito.

Mesmo com indulto do então presidente Bolsonaro, a medida foi posteriormente invalidada pelo próprio Supremo. Ele perdeu o mandato e os direitos políticos.

Credito Revista Oeste

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