PGR denuncia ex-primeira-dama da Paraíba por participar dos atos de 8 de janeiro

Foto - Reprodução/Redes

Defesa de Pâmela Bório buscou um acordo para evitar o processo, mas procurador Paulo Gonet considerou proposta ‘inviável’

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a ex-primeira-dama da Paraíba, Pâmela Monique Cardoso Bório, por envolvimento nos atos de 8 de janeiro. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que há “provas suficientes” da presença da mulher na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

A defesa de Pâmela Bório buscou um acordo que evitasse o processo, mas Gonet considerou “inviável”. O procurador sustenta que a mulher estaria com os integrantes do grupo que invadiu as sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal e causou danos ao patrimônio público.

Depoimento de Pâmela Bório

Em depoimento à Polícia Federal, em março, a ex-primeira-dama informou que atuava como jornalista e que estava em Brasília de férias. Ela negou envolvimento em atos de vandalismo, afirmou que sempre criticou danos ao patrimônio público e disse também que não compactuaria com tais condutas.

Pâmela afirmou à PF que não entrou em áreas restritas e não testemunhou invasões ou depredações. A defesa ressaltou que a acusada tem “diagnóstico de transtorno do espectro de autismo, o que por vezes pode afetar sua percepção de tempo, espaço e compreensão da realidade”.

Ativista de direita

O advogado Hélio Júnior declarou que, embora Pâmela seja uma ativista de valores da direita, estava em Brasília de férias e aproveitou para cobrir o evento.

“Ela estava ali como profissional e por isso o seu filho não estava com ela, ele estava com os tios, passeando em um shopping de Brasília”, afirmou Júnior. “Estamos muito tranquilos pois ela não invadiu nenhum prédio público, sequer incentivou ou viu alguma invasão ou quebradeira”.

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