Procuradoria vê tentativa de fuga depois de pais, mulher e filhas embarcarem para Los Angeles
A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma série de medidas contra Mauro Cid e Gilson Machado Neto, ambos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
A PGR pediu buscas e apreensões, acesso a dados sigilosos e a prisão preventiva dos investigados. O ministro Alexandre de Moraes atendeu parte do pedido e mandou prender Gilson Machado, ex-ministro do Turismo, nesta sexta-feira, 13, em Recife.
Suspeitas de que Mauro Cid tentava deixar o país motivaram as medidas. Investigadores identificaram risco concreto de fuga depois de familiares do ex-ajudante de ordens embarcarem para Los Angeles, nos Estados Unidos, em maio deste ano.
A viagem incluiu os pais, a mulher e as filhas de Cid. Um dos elementos que levantaram alerta foi a ausência de registro migratório de uma das filhas
Na representação enviada ao STF, o procurador-geral Paulo Gonet destacou que, embora houvesse uma reserva em nome da criança, seu nome não constava na lista de passageiros.
O episódio, segundo ele, reforça a suspeita de articulação para que Cid deixasse o país sem ser identificado. Como resultado, Gonet pediu à Corte autorização para realizar busca e apreensão domiciliar e pessoal contra os dois investigados, incluindo a coleta de aparelhos eletrônicos.
PGR alega tentativa de obstrução das investigações
A PGR também quer acesso a informações bancárias, fiscais, telefônicas e digitais de Mauro Cid. O órgão sustenta que houve tentativa de obstrução das investigações e favorecimento pessoal.
Também há indícios de que a dupla buscava meios alternativos de obter passaportes, inclusive junto a representações diplomáticas estrangeiras. Moraes autorizou a detenção preventiva de Gilson Machado, acusado de tentar facilitar a emissão de um passaporte português para o ex-ajudante de ordens.
Crédito Revista Oeste