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Polícia Federal vai investigar irregularidades em leilão de arroz do Governo Lula

Imagem de jcomp via Freepik

A Polícia Federal (PF) deve abrir ainda nesta quarta-feira (12) um inquérito para investigar suspeitas de irregularidades no leilão de arroz promovido pelo governo federal, cujo resultado foi anulado na última terça-feira (11). A informação é do jornal O Globo.

A anulação do certame ocorreu devido a suspeitas de irregularidades na compra.

A União pretende realizar um novo pregão, mas a data ainda não foi definida. O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, envolvido no processo de compra, foi oficialmente demitido nesta manhã.

O texto do edital do novo leilão será elaborado em parceria com a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Controladoria Geral da União (CGU).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu cancelar o leilão de arroz após reunião com os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Carlos Fávaro (Agricultura) e o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.

A decisão busca incluir critérios mais rigorosos no próximo leilão, visando inibir a participação de empresas com fragilidades técnico-financeiras. De acordo com a Lei de Licitações, os vencedores do leilão só podem ser anunciados após a apresentação das propostas. A exigência de uma maior capacidade econômica é vista como uma garantia de que a empresa vencedora terá condições de cumprir a importação do arroz.

O cancelamento do leilão também foi motivado pelas suspeitas em torno das empresas vencedoras. Duas empresas criadas por um ex-assessor de Neri Geller – a Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT) e a Foco Corretora de Grãos – intermediaram a venda do arroz, representando três das quatro empresas vencedoras: ARS Locação de Veículos e Máquinas, Zafira Trading e Icefruit Indústria e Comércio de Alimentos. Essas empresas levantaram desconfiança por não terem histórico de atuação no mercado de arroz. O ex-assessor também é sócio do filho de Geller.

A maior parte do arroz, equivalente a 56% do total, foi arrematada por uma mercearia de bairro em Macapá, registrada como Wisley A. de Sousa Ltda. Em nota oficial, a empresa afirmou possuir mais de 17 anos de experiência no comércio atacadista, armazenamento e distribuição de produtos alimentícios em todo o país, com um faturamento superior a R$ 60 milhões no último ano.

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