Clésio Leão de Carvalho será adido policial federal adjunto
A Embaixada do Brasil em Londres nomeou Clésio Leão de Carvalho para o cargo de adido policial federal adjunto. Ele foi o responsável por analisar as imagens da confusão que envolveu o ministro Alexandre de Moraes e sua família no Aeroporto Internacional de Roma, em 2023.
Esse cargo tem mandato de três anos e inclui uma ajuda de custo que varia de R$ 38 mil a R$ 115 mil para a mudança de endereço, além de um salário em dólar. A nomeação de Clésio Leão de Carvalho já estava prevista em uma série de mudanças de cargos no exterior, segundo o portal R7.
Outras nomeações importantes na Polícia Federal (PF) também estão previstas para os próximos meses. Paulo Gustavo Leite, diretor-executivo da corporação, pode ser indicado para adido em Washington. Já Rodrigo Moraes, diretor de Inteligência Policial da PF, deve ser adido em Londres. Superintendentes regionais para Argentina, Chile e Itália também devem ser nomeados ainda em 2024.
A confusão que envolveu Alexandre de Moraes
No relatório, Clésio Leão de Carvalho escreveu que as imagens do Aeroporto Internacional de Roma permitem concluir que Roberto Mantovani Filho e Andreia Munarão “provocaram, deram causa e, possivelmente, por suas expressões corporais mostradas nas imagens, podem ter ofendido, injuriado ou mesmo caluniado o ministro Alexandre de Moraes e seu filho Alexandre Barci de Moraes.
Clésio Leão de Carvalho também destacou que, durante a discussão, Roberto Mantovani levantou a mão direita e atingiu o rosto (ou os óculos) de Alexandre Barci de Moraes.
A análise inicial da PF havia pedido o arquivamento do caso. Contudo, depois da designação de um novo delegado e com base no laudo de Clésio Leão de Carvalho, a corporação indiciou Roberto Mantovani Filho, Andrea Munarão e Alex Zanatta Bignotto por crime de calúnia contra Moraes.
A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) manifestou preocupações sobre essa análise, destacando que as imagens não passaram por procedimentos periciais adequados. “É preocupante que procedimentos não periciais possam ser recepcionados como se fossem prova pericial”, afirmou a instituição.