Os conteúdos se contrapõem à abordagem de confrontos armados, como ocorreu na megaoperação contra o Comando Vermelho, no RJ
Depois da megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV), o governo Lula intensificou sua presença nas redes sociais com publicações sobre segurança pública. De acordo com informações da Meta Ad Library, o gasto do governo com o impulsionamento de seis publicações no Facebook e no Instagram é de cerca de R$ 1 milhão.
A estratégia começou em 29 de setembro, um dia depois da ação policial nos complexos da Penha e do Alemão, que resultou em mais de 100 mortes. Os conteúdos patrocinados pelo governo destacam o papel da inteligência policial no combate ao crime organizado e se contrapõem à abordagem de confrontos armados.
A campanha também promove propostas do governo Lula, como o Projeto de Lei Antifacção e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública.
Os valores gastos variaram: o anúncio mais caro custou entre R$ 600 mil e R$ 700 mil, enquanto outros ficaram entre R$ 150 mil e R$ 175 mil, R$ 100 mil e R$ 125 mil, R$ 70 mil e R$ 80 mil, além de opções de R$ 15 mil a R$ 20 mil.

Campanha questiona operação do Rio de Janeiro
A primeira publicação foi ao ar na quarta-feira 29, e impulsionada novamente no sábado 1º. O vídeo curto, no formato reel, afirma que ações violentas colocam vidas inocentes em risco e destaca: “Matar 120 pessoas não adianta nada no combate ao crime”.
O post conclui que é necessário “mais inteligência e menos sangue”.

Governo gastou com propaganda de PEC da Segurança e PL Antifacção
No dia seguinte, na quinta-feira 30, outro conteúdo sobre a PEC da Segurança Pública também recebeu impulsionamento duplo.
A proposta, segundo o post, visa integrar forças policiais e tornar operações contra o crime organizado mais eficientes e seguras para a população.

Já na sexta-feira 31, o governo divulgou o PL Antifacção, encaminhado ao Congresso pelo Executivo no mesmo dia.
“As facções criminosas oprimem moradores, destroem famílias e espalham drogas e violência”, diz a publicação. “É inadmissível que milhões de brasileiros tenham suas vidas controladas e colocadas em risco pelo crime organizado.”






