Presidente do IBGE elogia Trump e lamenta fim do paraíso brasileiro

A gente era feliz e não sabia – ou talvez alguns iluminados soubessem. Depois, veio a ruína. E agora nos resta a inveja dos Estados Unidos, que acabaram de copiar nosso mapa do paraíso.

É o que um desavisado corre o risco de extrair de um pequeno texto publicado dias atrás pelo presidente do IBGE, Marcio Pochmann, em meio ao alvoroço causado pelo tarifaço de Donald Trump.

No post, o economista elogia o modelo de substituição de importações, que no Brasil foi aplicado inicialmente por Getúlio Vargas, na década de 1930, e depois ganhou o estímulo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), criada pela ONU em 1948.

Sob direção do argentino Raul Prebisch e com marcante colaboração do brasileiro Celso Furtado, a Cepal se opôs ao modelo liberal clássico e defendeu a industrialização como caminho para os países ditos periféricos romperem a dependência em relação às economias centrais.

O receituário incluía intervenção estatal, barreiras comerciais e controle do câmbio, a fim de proteger empresas locais da concorrência estrangeira.

Pochmann brinca que Prebisch e Furtado “devem ter se remexido no caixão” com os anúncios de Trump.

“Dificilmente acreditariam que o modelo econômico da Cepal seria retomado e implementado nos EUA no ano de 2025 visando simultaneamente diminuir a dependência das importações e ampliar a produção nacional, sobretudo com a retomada da industrialização justamente naquele país que se situa no centro do capitalismo mundial”, diz, sem disfarçar a admiração.

Crédito Gazeta do Povo

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