Presidente do Psol diz que EUA cancelou seu visto

Paula Coradi, dirigente nacional do partido, afirma ter sofrido retaliação política por sua ‘defesa da soberania brasileira’

A presidente nacional do Psol, Paula Coradi, afirmou nesta sexta-feira, 26, que o consulado dos Estados Unidos cancelou seu visto de entrada no país. Ela disse ter sido informada sobre a possibilidade de cancelamento dias antes, em um aviso enviado na última segunda-feira, 22, em um aviso no qual a representação diplomática alegou ter recebido informações que a tornariam inelegível, sem detalhar os motivos.

De acordo com nota divulgada pelo Psol, Paula Coradi recebeu um prazo de três dias úteis para apresentar esclarecimentos ao consulado. Mesmo depois de enviar sua resposta na última quinta-feira, 25, o órgão teria mantido a decisão e confirmado o cancelamento do visto no dia seguinte.

Pelas redes sociais, Paula Coradi atribuiu a medida a uma retaliação política do governo do presidente norte-americano Donald Trump. Ela citou “a firme atuação do Psol em defesa da soberania do Brasil” como motivo para a decisão, que classificou como “uma evidente retaliação política”.

O visto anterior de Paula Coradi havia sido emitido em 2018, mas ela precisou solicitar novo documento devido ao extravio do passaporte que o continha. A nova solicitação ocorreu durante os preparativos para uma viagem a Chicago em 2025, onde participou de encontro com lideranças de esquerda dos EUA.

NÃO VAMOS RECUAR! ✊

Tive meu visto dos EUA cancelado nesta semana, em uma evidente retaliação política do governo Trump à firme atuação do PSOL em defesa da soberania do Brasil.

Se pensam que vão nos intimidar com essas medidas tacanhas, esses fascistas estão muito enganados. pic.twitter.com/C1yix89Epm— Paula Coradi (@paulacoradi) September 26, 2025

Psol critica cancelamento de visto da presidente

Em nota oficial, o Psol diz que a revogação utilizou a seção 221(i) da Lei de Imigração e Nacionalidade dos EUA, que possibilita o cancelamento do visto mesmo depois da emissão. O partido ressaltou que Paula Coradi não possui antecedentes criminais, não se envolveu em atividades ilícitas e sempre forneceu informações corretas em seus pedidos de visto.

“Não vejo isso como um ataque pessoal, mas sim como um ataque ao Psol por nossa atuação em defesa da soberania do Brasil”, afirmou Paula Coradi. “É uma arbitrariedade do governo do presidente Donald Trump.”

O Psol classificou a medida como perseguição política, e reafirmou sua solidariedade à presidente e o “compromisso com a defesa da democracia, da soberania nacional e da luta contra as políticas arbitrárias de governos estrangeiros”.

Crédito Revista Oeste

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