O primeiro-ministro da Islândia, Bjarni Benediktsson, anunciou a dissolução da coalizão governamental formada pelos partidos de esquerda, conservadores e liberais. Com isso, Benediktsson informou que proporá à presidente do país, Halla Tomasdottir, a dissolução do Parlamento e a convocação de novas eleições gerais para o dia 30 de novembro.
“Após uma cuidadosa consideração, anunciei hoje que a coalizão governamental entre o Partido da Independência (conservador), o Partido Progressista (liberal) e o Esquerda Verde chegou ao fim”, declarou neste domingo por meio de um comunicado em seu perfil na rede social Facebook.
Benediktsson, que assumiu o cargo de primeiro-ministro em abril, após a renúncia de Katrin Jakobsdottir para disputar as eleições presidenciais, afirmou estar “orgulhoso” do trabalho e dos resultados obtidos pelo seu governo. Ele destacou a situação econômica do país, mencionando que “a inflação é a mais baixa dos últimos três anos e as taxas de juros estão caindo”.
O primeiro-ministro também ressaltou que “as fronteiras foram significativamente reforçadas, a inovação está em alta, há mais oportunidades e maior prosperidade”. No entanto, ele concluiu que seria um erro continuar no governo sem conseguir alcançar consensos em questões importantes para a população. “Acredito que estaria falhando comigo mesmo, com o partido e com os cidadãos se fingisse ser capaz de levar adiante o governo sem chegarmos a conclusões sobre os temas que mais importam à população”, declarou.
Convocação de novas eleições
“Portanto, não vejo outra opção a não ser deixar o futuro nas mãos dos eleitores, onde o Partido da Independência defenderá a política que mais sucesso trouxe para a sociedade islandesa ao longo dos anos. (…) Nas próximas semanas, submeteremos nosso trabalho, política e visão de futuro aos eleitores, e lutarei com todas as minhas forças pelo bem do país”, afirmou Benediktsson.
Em uma coletiva de imprensa, transmitida pela rádio e televisão pública islandesa RUV, Benediktsson explicou que os desacordos dentro da coalizão aumentaram neste outono, especialmente em relação às questões migratórias e ambientais. Ele também confirmou que será o candidato do Partido da Independência nas próximas eleições: “Assumo a responsabilidade de liderar o Partido da Independência e participarei das eleições para vencê-las”.