O cardeal Robert Prevost, nascido nos Estados Unidos, será o próximo papa, assumindo o comando da Igreja Católica Romana após a morte do Papa Francisco no mês passado.
Ele adotou o nome de Papa Leão XIV.
A fumaça branca surgiu da chaminé da Capela Sistina na tarde de quinta-feira, sinalizando ao mundo que o Colégio de Cardeais havia alcançado a maioria de dois terços necessária para eleger o novo papa.
Os 133 cardeais com direito a voto estavam reunidos em regime de clausura na histórica capela, participando do processo de votação secreto conhecido como conclave.
Diversos nomes foram apontados como favoritos antes do conclave, mas o grupo relativamente novo de cardeais votantes — cerca de 80% nomeados desde que Francisco assumiu o papado em 2013 — dificultou as previsões.
Entre os principais cotados estava o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano durante o pontificado de Francisco, que presidiu o conclave.
Aos 70 anos, Parolin é considerado muito menos carismático do que Francisco, mas é visto como um diplomata experiente que poderia beneficiar a posição da Igreja Católica no cenário mundial. No entanto, alguns críticos alegam que ele é burocrático demais e pastor de menos — e que o líder da Igreja deveria estar mais focado na religião do que na diplomacia.
Outro nome relevante era o do cardeal Luis Antonio Gokim Tagle, das Filipinas, que tem sido um defensor das políticas progressistas promovidas por Francisco.
Com 67 anos, sua abordagem pública se assemelha mais à abertura entusiástica de Francisco, enquanto o catolicismo cresce no sudeste asiático e a Igreja tem se empenhado em expandir sua presença na região.
Também havia expectativa em torno de Fridolin Ambongo, cardeal de 65 anos da República Democrática do Congo, que tem pressionado para que a Igreja amplie sua atuação em regiões do mundo historicamente negligenciadas — como a África e a Ásia.
A escolha de Ambongo ecoaria a de Francisco — o primeiro líder da Igreja não europeu desde 741 — vindo justamente de uma dessas regiões.
No entanto, Ambongo, como a maioria dos cardeais africanos, é significativamente mais conservador do que muitos dos principais candidatos.
O novo papa é o 267º da história da Igreja e sucede o Papa Francisco, que faleceu aos 88 anos no dia 21 de abril, após um longo período de enfermidade respiratória que culminou em um derrame e insuficiência cardíaca.
Esta eleição foi relativamente rápida, embora não inédita nos tempos modernos — os três últimos papas também foram eleitos no segundo dia do conclave.
Crédito NYP